• Carregando...
Vídeo | Reprodução/ParanáTV
Vídeo| Foto: Reprodução/ParanáTV

Riad – Os chefes de Estado e de governo da Liga Árabe iniciarão hoje sua 19.ª cúpula em Riad, centrada na paz com Israel, mas ofuscada pelas crises no Líbano e no Iraque e pela polêmica envolvendo os planos nucleares iranianos.

A cúpula terá a presença de duas delegações diferentes do Líbano devido à crise política no país, uma delas liderada pelo presidente libanês, Émile Lahoud, considerado pró-Síria pela maioria parlamentar em seu país. A outra delegação acompanha o premier libanês, Fouad Siniora, acusado de ser pró-ocidental pela oposição, liderada pelo movimento pró-iraniano Hezbollah.

Ao chegar, Siniora fez um novo pedido para que os "irmãos" árabes ajudem a "fortalecer a unidade e a soberania do Líbano". Segundo fontes sauditas, os dirigentes árabes tentarão reduzir as diferenças entre os dois líderes libaneses durante a cúpula, a primeira que Riad sedia desde a de 1976, quando seis líderes árabes reuniram-se na Arábia Saudita para conversar sobre como colocar fim à guerra civil libanesa (1975–1990).

O presidente iraquiano, o curdo Jalal Talabani, destacou a necessidade de "os irmãos compreenderem a situação no Iraque e se solidarizarem com seu governo para combater o terrorismo".

Talabani referiu-se à ausência de um papel árabe firme e claro nos esforços para restabelecer a segurança em seu país, castigado pelos incessantes atentados com bombas e por um conflito sectário entre sunitas e xiitas que custaram a vida de dezenas de milhares de pessoas.

Espera-se que 16 dos 22 países-membros da Liga Árabe, inclusive representantes da Autoridade Palestina (AP), participem da conferência.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o alto representante para Política Externa e Segurança da União Européia (UE), Javier Solana, estão em Riad para apoiar o plano de paz árabe para o Oriente Médio, apresentado pela Arábia Saudita e aprovado pela primeira vez na cúpula árabe de 2002, em Beirute.

Esse plano, que a Liga Árabe quer revitalizar na reunião de Riad, oferece, em linhas gerais, o reconhecimento explícito árabe a Israel em troca de sua retirada dos territórios árabes que ocupou na guerra de 1967 e do reconhecimento de um Estado palestino que teria Jerusalém Oriental como capital.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]