O governo brasileiro reafirmou ontem o compromisso de construir para o Paraguai uma linha de transmissão de energia elétrica de Itaipu a Presidente Hayes, na região de Assunção, mas depende de recursos do Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul (Focem). Os dois países pretendem finalizar a obra, que evitará constantes blecautes de energia no Paraguai, em 2012.
Para usar dinheiro do Focem para a construção da linha, orçada em R$ 400 milhões, o governo brasileiro precisa do aval dos demais países do Mercosul. O assunto entrará em pauta hoje em uma reunião do Mercosul em Buenos Aires. Ambos os governos não consideram a liberação do recurso um obstáculo.
O diretor-geral brasileiro da Itaipu, Jorge Samek, disse que a linha de energia, de 500 Kv, dará condições para suprir a necessidade energética do Paraguai. O projeto técnico da obra deve ficar pronto entre agosto e setembro. Com o projeto concluído, pretende-se abrir a licitação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer lançar a pedra fundamental da obra ainda em seu governo.
Para o presidente paraguaio, Fernando Lugo, a construção da linha será uma oportunidade para gerar empregos no país. Mostrando satisfação com a política praticada pelo Brasil, Lugo elogiou as relações bilaterais entre os dois países. "Estamos vivendo com o Paraguai e o Brasil um novo tipo de relacionamento diplomático, econômico e social". Quanto ao aumento no valor pago pelo Brasil ao Paraguai pela energia excedente de Itaipu, que também faz parte do acordo firmado ano passado, ainda é preciso aprovação do Congresso brasileiro.
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