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Um médico indiano, solto da prisão após a Austrália retirar as acusações de terrorismo contra ele, se disse inocente neste domingo e afirmou que teria avisado as autoridades caso soubesse de qualquer coisa sobre os ataques planejados contra o Reino Unido.

Mohamed Haneef foi libertado na sexta-feira, após a acusação de apoiar o terrorismo ter sido retirada, devido à falta de provas que o ligassem aos atentados fracassados.

Por vontade própria, ele voou para a Índia, no sábado, depois de 25 dias detido.

"Nunca imaginei, nem no canto mais remoto do meu cérebro, que um dia eu seria acusado de coisa tão vergonhosa", disse Haneef à TV australiana.

Quando perguntado na entrevista se era um terrorista, ele respondeu: "Não, não é da minha natureza apoiar ou estar envolvido com atividades desse tipo, de maneira nenhuma."

Haneef, 27 anos, foi acusado de fornecer a um parente no Reino Unido, o seu primo de segundo grau Sabeel Ahmed, o cartão do seu telefone celular.

Promotores disseram a uma corte australiana que o cartão de Haneef foi encontrado na caminhonete queimada, jogada recentemente contra o terminal do aeroporto de Glasgow.

Na última sexta-feira, porém, os promotores concordaram que o cartão havia sido de fato achado na casa de Sabeel, em Liverpool. Durante todo o tempo, Haneef afirmou que tinha deixado o cartão com Sabeel, em Liverpool, em meados de 2006, quando deixou o Reino Unido para trabalhar na Austrália.

"Se eu soubesse de qualquer coisa, eu definitivamente teria comunicado às autoridades", afirmou.

Mais tarde, já em Bangalore, a sua cidade de origem, Haneef declarou à imprensa que foi "usado" pelas autoridades australianas e agradeceu ao governo indiano pelo apoio que recebeu.

"É uma emoção estar com a minha família depois de uma longa espera", disse ele.

Autoridades indianas prometeram um emprego ao médico no hospital de Bangalore.

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