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Londres – Sexo, drogas, vídeos, chantagem e muitos outros ingredientes picantes transformaram o caso judicial envolvendo uma brasileira e dois juízes de imigração num foco de enorme atenção dos britânicos nos últimos dias. O escândalo tem ocupado capas de jornais, reportagens na tevê e se tornou um dos principais assuntos nos pubs londrinos.

O centro do caso é Roselane Driza, uma brasileira de 37 anos, condenada à prisão na quinta-feira – a sentença sairá no dia 20 – por chantagear a juíza J. e por roubar vídeos com cenas de sexo protagonizadas por J. e outro magistrado, Ilyas Khan

Roselane, que trabalhou como faxineira para a dupla de juízes, estava ilegalmente no país e havia sido casada com o albanês Mane Driza, um serial killer ligado à máfia e que cumpre prisão na Itália por assassinato e é suspeito de ter matado um compatriota em solo inglês.

Khan e J. poderão enfrentar um inquérito disciplinar, o que renderá mais um capítulo à extensa novela. Roselane desembarcou em Londres em 1998, com visto de permanência para seis meses. Depois, obteve visto de estudante. Ambos estavam vencidos quando ela contratada, em 1999, para trabalhar para J. e Khan, que viveram juntos até 2000.

A trama começou a esquentar em 2004, quando a brasileira foi demitida pela juíza e, em seguida, por Khan. Mas logo Roselane se mudou para o apartamento do juiz, já como sua namorada.

Enquanto namorava o juiz, Roselane começou a exigir uma "compensação" de J. pela demissão, por considerá-la injusta. As duas trocaram acalorados telefonemas, sem que juíza poupasse palavrões.

A situação azedou de vez quando J. descobriu que Roselane namorava Khan, na véspera de Natal em 2004.

No ano passado, ao limpar o apartamento de Khan, a brasileira descobriu o que incendiaria o caso de vez: um vídeo com cenas sexuais de Khan e de J. feito durante férias passadas na Tailândia, nos quais, a magistrada estaria cheirando cocaína. Outro vídeo mostrava Khan mantendo relações sexuais com outra mulher.

De posse dos vídeos, Roselane intensificou a chantagem contra J., exigindo 20 mil libras (cerca de R$ 80 mil) para devolvê-los. Além disso, enviou cartas às autoridades informando que a juíza a havia empregado ilegalmente. Com a situação fora de controle, Khan e a juíza decidiram acionar a polícia e Roselane foi presa em outubro do ano passado.

A expectativa é que Roselane seja condenada com rigor, e deportada logo após o cumprir a sentença. Por outro lado, já se especula o quanto ela poderá faturar ao vender sua história com detalhes para algum dos tablóides britânicos.

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