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O presidente russo, Vladimir Putin, preside uma reunião sobre a produção de vacinas contra a doença do coronavírus por videoconferência na residência estatal Novo-Ogaryovo, arredores de Moscou, em 22 de março de 2021. Imagem ilustrativa.
O presidente russo, Vladimir Putin, preside uma reunião sobre a produção de vacinas contra a doença do coronavírus por videoconferência na residência estatal Novo-Ogaryovo, arredores de Moscou, em 22 de março de 2021. Imagem ilustrativa.| Foto: AFP

O presidente russo Vladimir Putin, de 68 anos, foi vacinado nesta terça-feira (23), à noite (horário local) em privado contra a Covid-19, informou seu porta-voz, sem esclarecer qual vacina foi usada.

"Putin foi vacinado contra o coronavírus. Se sente bem. Amanhã terá um dia de trabalho completo", afirmou Dimitri Peskov, citado pela agência de notícias russa Ria-Novosti. Peskov não especificou qual vacina Putin tomou entre as três desenvolvidas na Rússia.

Mais cedo, o porta-voz deixou claro que esta vacinação tão esperada seria realizada longe dos holofotes. "Não a mostraremos e terão de confiar na nossa palavra", destacou, acrescentando que o presidente russo não gosta de ser vacinado "diante das câmeras".

Peskov também se negou a dizer se Putin seria vacinado com a Sputnik V, o imunizante símbolo de Moscou, ou com alguma das outras vacinas desenvolvidas no país. "Será uma das três (vacinas), mas não diremos qual delas intencionalmente, porque todas são boas, confiáveis e eficazes", afirmou Peskov em sua entrevista coletiva diária.

A Rússia usa três vacinas contra a Covid-19: Sputnik V, EpiVacCorona e CoviVac, mas o fornecimento das duas últimas à população ainda é mínimo ou inexistente. As primeiras entregas da CoviVac, desenvolvida pelo Centro Chumakov, terão início no dia 28, disse nesta terça-feira a vice-primeira-ministra Tatiana Golikova.

Vladimir Putin havia prometido na segunda-feira que se vacinaria no dia seguinte, um anúncio longamente esperado depois de já ter feito uma promessa em dezembro neste sentido, quando teve início em seu país a campanha de imunização da população.

Muitos dirigentes políticos de todo o mundo foram vacinados contra a Covid-19, incluindo o presidente americano, Joe Biden, o papa Francisco e a rainha Elizabeth II. Alguns o fizeram diante das câmeras, como uma mensagem de confiança na ciência dirigida a seus concidadãos.

Apesar do êxito anunciado de sua vacina, a Sputnik V, aprovada por 56 países, a Rússia luta para vacinar sua população, grande parte da qual se mantém desconfiada.

Até agora, apenas 4 milhões de russos receberam as duas doses da vacina e outros 2 milhões, a primeira. Isto representa apenas 4% da população russa, longe das taxas alcançadas nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Segundo uma pesquisa publicada no começo de março pelo centro independente Levada, quase dois terços dos russos pensam que a Covid-19 é uma "arma biológica" fabricada pelo homem e 62% dos entrevistados dizem não estar dispostos a se vacinar.

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