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Assunção - O presidente do Paraguai, o ex-bispo Fernando Lugo, apresentou uma ação de inconstitucionalidade contra a decisão de uma juíza que ordenou que ele se apresentasse à Justiça, depois que uma mulher o acusou de assédio sexual e de ser pai de seu filho.

Lugo foi intimado a comparecer hoje a um tribunal de Ciudad del Este (330 km da capital Assunção) para que uma amostra de seu sangue fosse coletada e usada em um exame de DNA.

Ontem, ele disse que não comparecerá à Justiça, amparando-se em um artigo do código civil que exime o presidente e membros do Congresso e da Suprema Corte de prestar depoimento.

No último domingo, Lugo disse acreditar que "chegou o momento de repensar o celibato na América Latina e no mundo", em uma entrevista ao jornal chileno El Mercurio.

A denúncia de assédio sexual foi feita por Benigna Leguizamón, de 27 anos, em abril desse ano. Ela afirma que Lugo a estuprou quando trabalhava como sua empregada doméstica, e que seu filho, Fernando Lucas, de 7 anos, é fruto deste relacionamento. Na época, Lugo ainda era bispo da Igreja católica. "O prédio do arcebispado tinha dois andares. Ele me trancou a chave em um quarto e lá tirou minha roupa e me possuiu. Eu não tinha como escapar dele", contou à rádio Magnificat.

Segundo Benigna, o presidente tem outros filhos não reconhecidos. "Há uma mulher chamada Carmen, de San Pedro, que tem um filho de 4 anos. Ela me disse que, assim que eu resolver o meu caso, ela também apresentará uma denúncia. Este senhor agora me dá asco", afirmou à rádio.

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