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Ex-coordenadora da Pastoral Social da Diocese de San Lorenzo, Damiana Amarilla disse que seu desejo era de que Lugo soubesse a verdade | Jorge Adorno/ Reuters
Ex-coordenadora da Pastoral Social da Diocese de San Lorenzo, Damiana Amarilla disse que seu desejo era de que Lugo soubesse a verdade| Foto: Jorge Adorno/ Reuters

1.º caso dá início à onda de processos

O reconhecimento oficial da paternidade do menino Guilher-mo Armindo Carrillo Cañete, de 2 anos, no último dia 13, logo abriu precedentes para que outras mulheres também alegassem terem engravidado de Lugo.

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Foz do Iguaçu - A paraguaia Damiana Hortensia Morán Amarilla, de 39 anos, afirmou ontem que seu filho de 1 ano e 4 meses foi concebido com o presidente do Paraguai Fernando Lugo. É o terceiro caso nas últimas semanas de supostos filhos do chefe do Executivo, que até agora assumiu apenas um deles.

Em entrevista por telefone ao Canal 4, de Assunção, Damiana disse que "o presidente me telefonou, me dizendo que seu advogado se encarregaria de tudo que eu quisesse, mas esclareci que não reclamo a paternidade, somente queria que ele soubesse a verdade".

Ex-coordenadora da Pastoral Social da Diocese de San Lorenzo, vizinha a Assunção, Damiana garante que não recorrerá a Justiça para que Lugo reconheça seu filho, ou que lhe dê o sobrenome.

Em entrevista ao jornal ABC Color, justificou que decidiu expor o caso para evitar especulações a respeito do relacionamento que manteve com o presidente e do filho que tiveram e porque sempre primou pela verdade. "Existem grandes interesses de grupos mafiosos que querem desviar a verdade, por isso resolvi falar desse grande amor".

Divorciada há cinco anos do marido com quem teve dois filhos, de 20 e 21 anos, disse que se aproximou de Lugo durante as reuniões para a criação da aliança política Resistência e Cidadania, em 2006. Nesse período, a admiração grande por Lugo, um ex-bispo da Igreja Católica, aumentou, impulsionada pelo "seu carisma e postura com os dirigentes sociais, sempre orientando".

"Esses encontros proporcionaram uma proximidade e, levando em conta que já o admirava, procurei evitar o contato e colocar limites e assim ter uma relação respeitosa. Mas, depois, tudo foi tão natural que explodiu nos dois a necessidade de revelarmos e vivermos nossos sentimentos."

Sobre o filho, Damiana disse que o presidente a viu grávida duas ou três vezes em público, que de sua boca nunca soube ser o pai da criança, mas imaginava que ele sabia. Ela afirmou que preferiu não dizer nada simplesmente por proteger os interesses de Lugo "em prol de um objetivo comum, do projeto político para o país, da promessa de mudança ao povo paraguaio".

O interesse maior, reforça, era concretizar a transformação. "Naquele momento, dar um passo em 60 anos em prol de um interesse comum estava muito à frente de qualquer questão pessoal", diz Damiana, que fez um apelo às pessoas para não se deixarem levar por grupos contrários à reconstrução do país.

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