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Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical" | Reprodução www.globo.com/paraisotropical
Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical"| Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical

País continuará enfrentando problemas, diz diretor da ANP

Brasília – O país continuará enfrentando problemas de abastecimento de gás natural a curto prazo, admitiu o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima, ao falar pela primeira vez depois da crise que atingiu o setor. Na semana passada, a Petrobrás reduziu o fornecimento do produto para o Rio e São Paulo e foi obrigada a regularizar a distribuição.

Em 2006, o consumo médio de gás natural no país era de 41,79 milhões de metros cúbicos/dia. Lima disse que os investimentos feitos para aumentar a produção e o transporte do gás no país vão levar pelo menos de sete a dez anos para dar resultado. Este é o caso das áreas de exploração de petróleo e gás que estão sendo licitadas pela ANP.

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá à Bolívia no dia 12 de dezembro com o propósito de garantir o abastecimento de gás ao Brasil e dar prosseguimento às negociações para a retomada dos investimentos da Petrobrás no país, suspensos desde que duas refinarias da estatal foram encampadas pelo governo boliviano, em maio do ano passado. Lula deverá se encontrar com o presidente boliviano Evo Morales, em La Paz.

O encontro foi acertado ontem em uma conversa entre ambos, por telefone. Mas, ainda nesta semana, Lula e Evo deverão conversar, em Santiago, no Chile, durante a Cúpula Ibero-americana. Hoje, o presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, estará na Bolívia para iniciar as negociações.

Em entrevista à imprensa ontem, Lula assegurou que não haverá apagão energético e afirmou que está fazendo "o que precisa ser feito para garantir que o Brasil tenha tranqüilidade energética num futuro bastante longo".

Disse ainda que será necessário garantir gás para as termelétricas, além de assegurar o fornecimento para as pessoas que possuem carro movido com este combustível. "Quem tem carro a gás não corre risco", assegurou.

Lula sinalizou, no entanto, que o gás irá, prioritariamente, para as termelétricas. "Temos de dar prioridade para alguma coisa. Na medida em que o Brasil não tem no seu território o gás que necessita, e nós temos que importar, nós vamos ter de priorizar", disse ele. "Primeiro vamos ter de garantir o funcionamento das termelétricas, para produzir energia para a sociedade, depois as indústria e depois você tem os carros."

O presidente reconheceu que "ninguém colocou tambor de gás (nos carros) porque quis, mas porque teve incentivo do governo. Portanto, nós vamos ter de fornecer e garantir (gás) para essas pessoas". O presidente disse que o governo "vai ter de trabalhar para importar mais gás" e a Petrobras "vai de ter de continuar investindo muito para termos auto-suficiência em gás".

O porta-voz do Planalto, Marcelo Baumbach, disse que, na conversa com Morales, Lula "mencionou o interesse na retomada de projetos de industrialização do gás boliviano", "com investimentos no setor energético", mas não entrou em detalhes de como isso seria realizado ou se seriam exigidas garantias dos bolivianos. De acordo com o porta-voz, foi de Lula a iniciativa de telefonar para Evo Morales. A conversa, ontem à tarde, durou 15 minutos. "O presidente Lula referiu-se ao bom andamento dos contatos a nível ministerial e empresarial para se chegar a um novo acordo, sobretudo na área energética para possível retomada de projetos de industrialização do gás boliviano", comentou Baumbach.

Lula quer ainda que empresários brasileiros o acompanhem na viagem a La Paz "para identificar oportunidades de investimentos de brasileiros na Bolívia". Questionado se Lula pediu a Morales alguma garantia de que as propriedades brasileiras naquele país será assegurada pelo governo boliviano, Baumbach disse que ambos "não entraram em detalhes".

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