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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega na madrugada desta quarta-feira (16) à capital dinamarquesa para uma conferência do clima ainda sem resultados concretos. Ainda assim, o governo brasileiro acredita que a sua participação será uma demonstração de força em uma área que o Brasil tem um peso maior que em qualquer outra.

A delegação brasileira tem estado no centro das atenções em Copenhague. Os briefings da ministra da Casa Civil e chefe da delegação, Dilma Rousseff, tem atraído jornalistas de várias partes do mundo. Nos dois últimos dias, a principal imagem da rede internacional de notícias CNN era a de Dilma deixando a sala de negociações com os representantes da China e da Índia, outros dois países emergentes bastante visados.

Na quinta-feira (17), o presidente brasileiro já tem um horário reservado, às 15h30 (horário local, 12h30 no horário de Brasília), para falar na plenária da conferência. O teor do discurso ainda depende do andamento de negociações que parecem cada dia mais difíceis.

Nesse mesmo dia, os 98 chefes de Estado que estarão em Copenhague terão de receber o texto final que está sendo preparado há duas semanas pelas delegações, mas ninguém sabe ainda se haverá algo de promissor para ser assinado.

Reunião com governadores

Em seu dia de chegada a Copenhague, o presidente, um dos primeiros a desembarcar, não vai à conferência. Fará uma reunião com a delegação brasileira e, depois, com os governadores presentes na conferência, em especial os da Amazônia. Há ainda a possibilidade da participação do governador de São Paulo, José Serra, se ele ainda estiver na Dinamarca. Nesta noite (15), a informação era de que Serra teria um voo cedo, mas estaria tentando adiá-lo.

Durante a tarde, Lula terá encontros bilaterais com o presidente do Suriname - o único dos outros sul-americanos que deve aparecer na COP -, a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas. Há também audiências particulares com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, na quinta-feira. O governo brasileiro tenta reunir, além de Wen Jiabao, o presidente sul-africano Jacob Zuma e o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh. A intenção é unir os principais emergentes para compensar as pressões dos países ricos.

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