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Os presidentes do Brasil e da Venezuela manifestaram na sexta-feira forte respaldo ao presidente da Bolívia, Evo Morales, que enfrenta uma crise política interna que ameaça paralisar seu programa de reformas econômicas e políticas.

Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, que estão entre os primeiros chefes de Estado a chegar para a Cúpula Sul-Americana de Cochabamba, destacaram a importância de Morales no âmbito regional.

Numa entrevista coletiva improvisada no aeroporto local, Chávez advertiu que Morales pode enfrentar as mesmas dificuldades que a chamada ``revolução boliviariana'' da Venezuela, inclusive tentativas de golpe promovidas pelas oligarquias e pelo governo norte-americano.

``O que está ocorrendo na Bolívia agora se me parece tanto com o que começou a ocorrer na Venezuela no ano 2001 e 2002'', disse o venezuelano, recordando o efêmero golpe de Estado promovido pela direita de seu país, que em 2002 o manteve por 48 horas afastado do poder.

``Tomara que não ocorra agora aqui o que ocorreu lá'', acrescentou. ``Se ocorrer, tenho muita fé de que o povo boliviano unido com seu governo, com seu presidente legítimo à frente, que é um homem de grande coragem, de uma grande inteligência, de um grande compromisso com toda a Bolívia, tenho muita fé que os soldados bolivianos junto com o povo evitarão que ocorra na Bolívia uma tragédia'', afirmou Chávez.

Já Lula afirmou que não devem se exagerar as dificuldades políticas internas de Morales, que enfrenta uma onda de greves de fome e ameaças de protestos regionais articuladas pela oposição de direita em protesto contra as reformas ''anti-neoliberais'' promovidas pelo atual governo, no poder desde janeiro.

``Todo mundo sabe o que eu penso da vitória de Evo Morales, todo mundo sabe o significado que a vitória de Evo Morales tem para o mundo e para os amantes da democracia'', disse Lula, ''Agora, todo mundo tem problemas internos, eu tenho muitos problemas internos, Evo, (o argentino Néstor) Kirchner, Chávez têm problemas internos, e os problemas internos nós os resolvemos internamente'', acrescentou.

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