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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conversou por telefone com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para desfazer o mal-estar envolvendo militares norte-americanos e brasileiros no Haiti, devastado por um terremoto no último dia 12. Durante o telefonema, Obama afirmou que "tudo não passou de um mal-entendido" e que se houvesse algum problema era para Lula se comunicar com ele.

Os norte-americanos reforçaram a presença na região central de Porto Príncipe, capital do país, e no aeroporto, dificultando a ação dos brasileiros.

A informação sobre o telefonema de Obama para Lula foi dada à Agência Brasil pelo assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia. Segundo ele, a conversa telefônica foi tranquila e o impasse está solucionado.

De acordo com Garcia, Obama assegurou a Lula que os militares norte-americanos cuidarão exclusivamente da ajuda humanitária e deixarão a parte de segurança com os brasileiros, que comandam a Força de Paz da Organização das Nações Unidas no Haiti desde 2004.

"Não há mais problema algum. O que ocorreu foi uma ação isolada, provavelmente de algum oficial mais arrogante", disse Garcia. Nos bastidores, militares brasileiros teriam se queixado de uma suposta estratégia dos militares dos Estados Unidos de divulgar que houve aumento de violência no Haiti para desmoralizar o trabalho das Forças Armadas do Brasil.

O assessor especial da Presidência disse também que o governo brasileiro estuda a possibilidade de enviar nos próximos dias mais militares para o Haiti. Isso será definido durante reunião de Lula com os ministros das Relações Exteriores, Celso Amorim, e da Defesa, Nelson Jobim.

A ação dos militares brasileiros no Haiti, destacou Garcia, foi reconhecida internacionalmente. Isso, acrescentou, indica que as Forças Armadas do Brasil devem ser mantidas em Porto Príncipe e outras cidades. "Houve inúmeros elogios e reconhecimentos. Os militares brasileiros são respeitados e estimados. Isso é muito importante."

As Forças de Paz das Nações Unidas no Haiti reúnem 7 mil homens, de 16 países. O Brasil mantém 1.266 militares em Porto Príncipe e outras regiões do país.

Garcia representou o governo do Brasil na cerimônia da segunda posse do presidente da Bolívia, Evo Morales, nesta sexta-feira (22), em La Paz. Ele acompanhou a solenidade especial realizada nesta sexta-feira e a de ontem, na qual Morales foi consagrado líder espiritual dos bolivianos em uma cerimônia indígena.

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