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Durante brinde no almoço oferecido pelo presidente Alan García, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva responsabilizou as elites políticas pela pobreza, a miséria e o autoritarismo na América do Sul. Falando em nome dos chefes de Estado presentes à posse do novo presidente peruano, Lula defendeu os programas sociais de transferência de renda para combater a exclusão social.

- Esses programas não são filantrópicos ou populistas, como pretendem alguns. Eles contribuem para minorar a sorte daqueles que vivem em situações extremas, ajudam na constituição de um mercado de bens de consumo de massa, na dinamização da economia - afirmou Lula.

O presidente disse que os países sul-americanos vivem as conseqüências de uma situação periférica no mundo, mas, para ele, não basta lamentar essa situação, nem transferir para outros responsabilidades que são dos governanetes sul-americanos.

- As mazelas que marcam nossa sociedade são em grande parte responsabilidade das elites políticas que nos governam e que se beneficiaram da pobreza, da desigualdade e do autoritarismo e, inclusive, da situação de dependência que vivemos - afirmou Lula, dizendo que a marca da nova geração que hoje governa a América do Sul é a sensibilidade social, com convicção democrática e determinação de construir economias sólidas.

Para atingir esses objetivos, segundo o presidente, esses governantes defendem a integração do continente. Dirigindo-se a Alan García, Lula afirmou que ele encontrará um país diferente do que presidiu há anos e também uma América Latina diferente, que superou os anos sombrios do autoritarismo e que vive um ciclo de crescimento econômico.

- Nossos países lograram controlar a inflação e diminuir a vulnerabilidade externa de suas economias. Todas essas conquistas obtivemos com muito sacrifício e não eliminaram os enormes desafios que temos pela frente. Depois de mais de duas décadas perdidas, persiste ainda a pobreza e a desigualdade social. Esa geração de governantes tem plena consciência de todos esses problemas - afirmou Lula, que deixou o Palácio do Governo por volta das 16h30m (18h30m de Brasília), seguindo direto para São Paulo.

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