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Eleitoras votam em Madrid
Eleitoras brasileiras votam em Madrid, Espanha. Há 20 mil cidadãos brasileiros com direito a voto na cidade.| Foto: EFE / Borja Sanchez-Trillo

No primeiro turno, os brasileiros que residem no exterior preferiram Lula. Às 22h30, horário de Brasília, com 94,17% das urnas internacionais apuradas, o candidato recebeu 47,52% dos votos contra 41,29% para Jair Bolsonaro. No terceiro a quinto lugar ficaram Ciro Gomes (4,53%), Simone Tebet (4,44%) e Felipe D'Ávila (1,28%).

Eleitores fora do país podem votar apenas para o cargo de presidente. Lula ganhou em cidades como Beirute (Líbano), Dublin (Irlanda), Montevidéu (Uruguai), Pequim e Xangai (China), Oslo (Noruega). Já Bolsonaro foi o favorito em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), Assunção (Paraguai), Hong Kong, La Paz (Bolívia), Pretória (África do Sul) e Taipé (Taiwan).

Na China, foram 38,8% dos votos para Lula e 36,3% para Bolsonaro. Na Arábia Saudita foram 48,15% contra 33,33%, respectivamente. Bolsonaro ganhou nos Emirados Árabes, com 48,59% contra 36,89%, também na Grécia, Indonésia, República Dominicana, Moçambique e Israel, além do Japão, onde ganhou uma ampla margem de vantagem sobre Lula.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há quase 700 mil cidadãos residentes no exterior aptos a votar — menos de meio porcento do eleitorado total. O número é quase 40% superior ao observado nas eleições de 2018, quando eram pouco mais de 500 mil. O país estrangeiro com mais eleitores brasileiros é Portugal, com mais de 200 mil. Curiosamente, quase 60% dos eleitores que moram fora são mulheres.

Locais de votação foram oferecidos em 181 cidades ao redor do mundo. Geralmente, as urnas ficam em embaixadas e consulados, mas o TSE autorizou também postos fora dessas repartições em 21 países.

O psicólogo André Luzardo votou em Boston, Estados Unidos, e contou como foi a experiência para a Gazeta do Povo. "Clima bem tranquilo, vi bastante gente, mas não vi propaganda nenhuma", diz André, que levou apenas 10 minutos para votar e usou o aplicativo e-Título para identificação junto a documento com foto. Ele diz que viu muitos carros com a bandeira do Brasil, mas pensa que isso reflete mais a região ao redor, que tem muitos brasileiros, que as cores escolhidas por Bolsonaro. Na opinião dele, havia uma quantidade excessiva de mesários e ajudantes. "Seis ou sete pessoas só para te dizer que sala era a tua sessão. Dentro da minha sala contei sete urnas, cada uma com quatro mesários", explica.

Até o meio dia de domingo (2), 59 países já haviam encerrado a votação. Às 15h, 70 países encerraram. Os próprios eleitores puderam acessar o boletim de urna e divulgar resultados parciais nas redes sociais.

A apuração das urnas no exterior foi mais lenta que a apuração para o país, mas foi possível validar os resultados dos boletins publicados pelos eleitores com o aplicativo Boletim na Mão, do TSE.

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