• Carregando...

Lonquimay (Reuters) – Num morro perto do vulcão Lonquimay, no sul do Chile, uma mulher mapuche anuncia que vai viajar à cidade no domingo para votar em Michelle Bachelet, torcendo para que ela se torne a primeira mulher a governar o país. "Espero que dona Bachelet ajude as separadas e as viúvas que têm de chefiar suas famílias, como ela teve", diz Clarisa Curical, 45 anos, viúva que cozinha num fogão à lenha numa minúscula e rústica cabana.

Mas perto dali, no mesmo morro cheio de araucárias, Terencio Miliu, 63 anos, ara a terra com bois e duvida da capacidade feminina no poder. "Não tenho uma opinião sobre a dona Bachelet, mas 'don' Piñera me parece um bom candidato, poderá fazer um bom trabalho", disse Miliu, que conversa com seus animais no idioma mapudungun, usado pelos mapuches. A atitude machista de Miliu é corriqueira e talvez explique o pífio resultado eleitoral de Bachelet entre os mapuches no primeiro turno, em dezembro.

O Chile é um dos países mais desenvolvidos e com melhor economia na América Latina, mas seus índios mapuches continuam sendo mais pobres que a média nacional, e reclamam de discriminações por parte da elite branca.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]