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Macron manifestou intenção de “iniciar um trabalho bilateral” com a ditadura chavista; Maduro respondeu que “as portas da Venezuela estão abertas para o povo francês”
Macron manifestou intenção de “iniciar um trabalho bilateral” com a ditadura chavista; Maduro respondeu que “as portas da Venezuela estão abertas para o povo francês”| Foto: Twitter/Presidência da Venezuela

Em breve conversa em Sharm el-Sheikh, cidade do Egito onde está sendo realizada a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP27), o presidente da França, Emmanuel Macron, e o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, falaram da possibilidade de “um trabalho bilateral” entre os dois países.

Os dois chefes de Estado se encontraram durante o evento e trocaram um aperto de mão. Durante a conversa, Macron manifestou a intenção de “falar um pouco mais e iniciar um trabalho bilateral que seja útil para o país e a região” – acrescentando que “o continente [europeu] está se recompondo”.

Maduro falou sobre a conversa em uma postagem no Twitter. “Excelente aperto de mão com o presidente da França, Emmanuel Macron, no âmbito da COP27, que é sem dúvida um ponto de encontro entre os governos e países do mundo. As portas da Venezuela estão abertas para o povo francês”, escreveu o ditador.

Macron e Maduro, entretanto, não deram mais detalhes sobre como seria essa parceria. Recentemente, a Venezuela se ofereceu para ajudar a União Europeia em questões energéticas, num momento em que o bloco e os Estados Unidos correm atrás de petróleo para diminuir o preço da commodity e frear a inflação. Entretanto, para isso, Caracas pede o fim das sanções contra o país.

Curiosamente, ao mesmo tempo em que tentam aumentar a produção de petróleo, também para diminuir as receitas russas com a exportação do produto (dinheiro que Moscou aplica na agressão à Ucrânia), EUA e UE demonizam a commodity e pregam a redução do seu uso para estancar as mudanças climáticas.

No seu discurso na COP27 nesta segunda-feira, Macron afirmou que a busca pela redução das emissões de carbono não pode ser comprometida pelo momento geopolítico atual.

“A urgência climática está aqui, não é para amanhã [..]. Não vamos sacrificar nossos compromissos climáticos pelas ameaças energéticas da Rússia”, alegou Macron, numa referência também à reativação de usinas a carvão no bloco devido à redução das importações de gás russo.

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