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O presidente Emmanuel Macron indicou nesta quarta-feira (9) que a França pode reconhecer ainda este ano a existência de um Estado da Palestina, sugerindo que esse movimento diplomático pode ocorrer até junho, durante conferência internacional com países árabes.
A declaração foi dada em entrevista ao canal France 5, enquanto o chefe de Estado francês visitava um centro de ajuda humanitária destinado à Faixa de Gaza, na cidade egípcia de Alarixe.
Segundo Macron, a decisão não seria tomada por conveniência política ou pressão internacional, mas por uma convicção pessoal.
“Precisamos caminhar para o reconhecimento (de um Estado palestino). E faremos isso nos próximos meses. Não estou fazendo isso para agradar ninguém. Farei porque em algum momento será o certo”, afirmou.
Durante a entrevista, Macron defendeu uma movimentação internacional conjunta que leve, ao mesmo tempo, países que apoiam os palestinos a reconhecerem Israel como Estado soberano.
“Quero participar de uma dinâmica coletiva que também permita àqueles que defendem a Palestina reconhecer Israel por sua vez, algo que muitos deles não fazem”, declarou.
Atualmente, quase 150 países ao redor do mundo já reconheceram oficialmente a Palestina como um Estado soberano. No entanto, as principais potências ocidentais, incluindo os Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Japão e a própria França, ainda não deram esse passo formal. Por outro lado, Israel ainda não é reconhecido por nações como Arábia Saudita, Irã, Iraque, Síria e Iêmen — todos com histórico de hostilidade aos israelenses.