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O ditador Nicolás Maduro fala em coletiva de imprensa em que alertou o Grupo de Lima que tomaria medidas enérgicas caso eles não revejam sua posição em relação à Venezuela, 9 de janeiro | YURI CORTEZ / AFP
O ditador Nicolás Maduro fala em coletiva de imprensa em que alertou o Grupo de Lima que tomaria medidas enérgicas caso eles não revejam sua posição em relação à Venezuela, 9 de janeiro| Foto: YURI CORTEZ / AFP

O ditador venezuelano Nicolás Maduro reafirmou nesta quarta-feira (9) que os países do Grupo de Lima e os Estados Unidos promovem um golpe contra o seu mandato. Ele disse que os EUA e os países do Grupo de Lima – 13 países, incluindo o Brasil, que não reconhecem a legitimidade do governo de Maduro – têm 48 horas para rever sua posição em relação à Venezuela.

“Os governos do cartel de Lima têm 48 horas para retificar sua postura intervencionista contra nossa pátria. Se se abstiverem disso, tomaremos medidas diplomáticas enérgicas para defender a dignidade do povo venezuelano. Que nossa soberania seja respeitada!”, anunciou Maduro pelo Twitter. 

 

Em coletiva de imprensa no Palácio de Miraflores nesta quarta-feira, Maduro informou que entregou uma carta aos governos do Grupo de Lima em que diz que, caso os países não revejam a sua posição, o governo "tomará as medidas mais urgentes e cruas para a defesa do nosso país", de acordo com o site de notícias venezuelano El Universal

“[Eles] desataram as forças extremistas contra a Venezuela, com o único objetivo de desestabilizar o país e enchê-lo de violência, para colocar a mão e apoderar-se das nossas riquezas”, disse. 

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Grupo de Lima

Os chanceleres dos países membros do Grupo de Lima alegaram que as últimas eleições presidenciais no país, em maio de 2018, não contaram com as garantias necessárias de um pleito “livre, justo e transparente”. 

Em pronunciamento em Lima, os países reforçaram o apoio e reconhecimento à Assembleia Nacional, eleita em 6 de dezembro de 2015, como órgão constitucional democraticamente eleito na Venezuela.

Eles pediram que Maduro renunciasse ao seu segundo mandato, que deve ter início na quinta-feira (10), e entregasse o poder à Assembleia Nacional.

Mas este órgão, de maioria opositora, tem sido esvaziado de suas funções, reúne-se apenas quando a Assembleia Constituinte, também não reconhecida pelo Grupo de Lima e outros membros da comunidade internacional, não está em sessão e, o que decide, não chega a virar lei. Na prática, é a Assembleia Constituinte quem vem tomando as decisões sobre calendário eleitoral e as legislativas. 

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O único membro do grupo que não assinou o documento foi o México, que pela primeira vez em décadas tem um governo de esquerda e já havia anunciado que não romperia relações diplomáticas com a Venezuela.

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