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Nicolás Maduro participa de evento com a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), em Caracas (Venezuela), em julho de 2022.
Nicolás Maduro participa de evento com a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), em Caracas (Venezuela), em julho de 2022.| Foto: EFE/ Rayner Peña

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira (5) que faltou uma "liderança firme" para a aprovação de uma nova Constituição no Chile, após lamentar que a proposta apoiada pelo governo de Gabriel Boric tenha sido rejeitada com 62% dos votos no referendo realizado no domingo.

"Faltou uma liderança firme, clara e crível, com apoio popular, para assumir a liderança do texto constitucional. No final, a Constituição da ditadura de (Augusto) Pinochet permaneceu em vigor", disse o mandatário em reunião com a diretoria do partido governista PSUV, que foi transmitida pelo canal estatal VTV.

Maduro disse que a proposta de nova Constituição "teve as suas asas cortadas pelo velho Congresso" que apoiava o ex-presidente Sebastián Piñera e, como resultado, nunca houve um "processo original, soberano e plenipotenciário".

"Eles encheram de limitações e, no final, convocaram uma Assembleia Constituinte. Que dor para os povos da América Latina e do Caribe, para a memória dos mártires, dos desaparecidos, dos torturados", declarou.

O mandatário venezuelano também criticou o fato de o processo não ter sido "original", mas sim "midiatizado", o que, segundo ele, "amarrou" a proposta de mudança.

"Todos os latino-americanos e caribenhos que amam o Chile, que amam o exemplo do presidente mártir Salvador Allende, estarão todos atentos. O que aconteceu no Chile é verdadeiramente doloroso", acrescentou, enquanto lamentava esta "derrota do projecto histórico" e expressava solidariedade "ao povo do Chile".

Uma esmagadora maioria rejeitou a nova Constituição proposta no Chile no domingo, com quase 62% dos votos, resultado que mantém por enquanto o texto atual, redigido em 1980 pela ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990) e parcialmente reformado ao longo da democracia.

A opção de aprovar o novo texto, que declara o Chile um Estado social de direito e foi definido como o mais feminista e um dos mais vanguardistas do mundo em termos de igualdade de gênero e proteção da natureza, obteve apenas 38% do apoio, com mais de 95% dos votos apurados.

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