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O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse nesta quinta-feira (29) que aprovação na Câmara dos Representantes norte-americana de uma lei para impor sanções aos funcionários da Venezuela poderia levar seu país a encerrar suas missões diplomáticas dos Estados Unidos.

No entanto, Maduro elogiou a oposição do governo Obama ao projeto de lei e anunciou que o embaixador que nomeou para os EUA ira à Washington.

"Anuncio que o embaixador, bom, estamos à espera do consentimento [dos EUA], mas decidi que Maximilien Arveláiz vá como chefe de missão, encarregado de negócios em nossa embaixada nos Estados Unidos e organize a embaixada e leve a verdade da Venezuela", disse Maduro durante uma reunião com ministros.

A secretária-assistente do Departamento de Estado para assuntos da América Latina, Roberta Jacobson, voltou a repetir que o governo norte-americano acha que não é o momento apropriado para se aprovar sanções.

Ela disse não saber se o presidente Barack Obama vetaria as sanções, caso sejam aprovadas também pelo Senado.

As medidas determinam que o governo norte-americano estabeleça uma lista de autoridades venezuelanas que terão seu ingresso no país vetado e sofrerão o congelamento de eventuais ativos em solo norte-americano.

"Quero as melhores relações com o governo dos Estados Unidos, com base no respeito e comunicações permanentes", disse Maduro, acrescentando que quer evitar medidas extremas como interromper a relação diplomática.

Maduro e seus apoiadores, seguindo o caminho do ex-presidente Hugo Chávez, têm repetidamente acusado Washington de tentar derrubá-lo e culpam os EUA de agitarem a onda de protestos deste ano, em que pelo menos 42 pessoas já morreram.

Nesta semana, o prefeito de Caracas, Jorge Rodriguez, que apoia Maduro, denunciou que o embaixador dos EUA na Colômbia, Kevin Whitaker, estava envolvido em um plano de golpe e assassinato do venezuelano.

Embaixador

O chefe da diplomacia em Washington será o ex-embaixador da Venezuela no Brasil Maximilien Sánchez Arveláiz.

Em fevereiro, Maduro havia anunciado publicamente Arveláiz para preencher a vaga na embaixada em Washington, mas autoridades dos EUA não reagiram à proposta.

A Venezuela expulsou repetidamente diplomatas da embaixada dos EUA em Caracas, acusando-os de interferir nos assuntos venezuelanos. Isso fez com que Washington respondesse também com expulsões de diplomatas.

Chávez expulsou o embaixador dos EUA em 2008 e não aprovou o candidato dos EUA para o cargo em 2010. Os dois países não trocam embaixadores desde então.

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