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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro| Foto: EFE/Rayner Peña R.

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou nesta quinta-feira (28) uma "ação defensiva" no Oceano Atlântico em resposta à chegada de um navio de guerra britânico à costa da Guiana, o que voltou a desencadear a tensão entre os países que mantêm uma disputa territorial.

“Ordenei a ativação de uma ação conjunta de toda a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) sobre o Caribe oriental da Venezuela, sobre a fachada atlântica, uma ação conjunta de caráter defensivo em resposta à provocação e ameaça do Reino Unido contra a paz e a soberania do nosso país", disse o líder do regime chavista.

O anúncio foi realizado por Maduro durante uma reunião com a cúpula militar de seu país, que foi transmitida obrigatoriamente por rádio e televisão. Neste encontro, Maduro comunicou-se com um grupo de militares responsáveis pela "primeira fase" da operação. Esta fase inicial envolveu a implantação de forças em terras e águas do estado venezuelano de Sucre, localizado no norte do país.

Maduro não deu detalhes sobre o alcance e a duração desta operação, mas insistiu que a chegada do navio britânico identificado como HMS Trent é uma "ameaça inaceitável" que é uma "ruptura" dos acordos que assinou com o presidente guianense, Irfaan Ali, no último dia 14, quando prometeram não se "ameaçar" e evitar "incidentes" relacionados à disputa.

“A Venezuela não pode ficar de braços cruzados diante de uma ameaça, estamos respondendo de forma proporcional”, assegurou Maduro, depois de reiterar que está "comprometido com a diplomacia e a paz".

O líder chavista criticou que a Guiana tenha "ignorado os pedidos da Venezuela" para não aceitar a chegada do navio britânico às suas costas.

Minutos antes, a ditadura venezuelana tinha condenado este fato em um comunicado, no qual pedia à Guiana “que tomasse medidas imediatas para retirar o navio e se abstivesse de continuar envolvendo potências militares na controvérsia”.

A disputa entre a Venezuela e a Guiana por Essequibo se agravou após o regime venezuelano ter dito que a população havia aprovado no último dia 3 um referendo unilateral que apoiava a anexação da área em disputa, que é rica em recursos naturais e que está sob o controle da Guiana desde a sua independência do Reino Unido.

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