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A mãe da ativista Ana Paula Maciel, presa na Rússia desde 19 de setembro acusada de pirataria, poderá viajar para Murmansk nesta semana para visitar a filha. A entidade ambientalista Greenpeace espera obter, em breve, a liberdade provisória de Ana Paula, para que ela responda ao processo em liberdade.

O Ministério das Relações Exteriores enviou ao governo russo, a pedido da organização ambientalista, uma solicitação formal para que Rosângela Maciel possa visitar a bióloga brasileira, presa durante um ato de protesto contra a exploração de petróleo no Ártico.

Ana Paula teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça russa até 24 de novembro. "Em função de um calendário de negociações que já se iniciaram, em função da determinação da presidente, muito mais cedo que a gente possa esperar vamos ter a Ana Paula de volta", garantiu o diretor de Políticas Públicas do Greenpeace, Sérgio Leitão.

No fim de semana, em sua conta no Twitter, a presidente Dilma Rousseff anunciou que o Itamaraty vai interceder formalmente a favor da brasileira junto ao governo russo. O contato pessoal entre um acusado estrangeiro e a família tem de ser autorizado pela Justiça.

Segundo Leitão, o pedido formal já está com o Itamaraty, que está na fase de "sondagem" junto à promotoria russa, responsável pela acusação. Uma carta de garantia também foi apresentada semana passada ao governo russo, assegurando que, caso possa responder ao processo em liberdade, Ana Paula não sairá da Rússia antes de receber uma sentença.

Segundo Leitão, o Brasil foi o único dos 18 países que têm cidadãos presos entre os ativistas a apresentar a carta de garantia. "A acusação de pirataria não faz sentido por qualquer lei que seja observada. Foi um processo pacífico, sem depredação ou agressão. A única questão que deve ser abordada, do ponto de vista jurídico, é o limite em que um processo pacífico precisa ser analisado", disse Leitão.

O Greenpeace espera que as autoridades russas desistam do processar os ativistas. "Estamos aguardando [uma resposta positiva]. Não queremos privilégio especial para a Ana Paula. Queremos apenas que ela seja tratada com dignidade, com justiça e que a sua segurança e seus direitos civis sejam respeitados", disse o pai da bióloga, Jaires Maciel.

O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, garantiu "apoio e respaldo" à família da ativista, que mora em Porto Alegre. No domingo, Tarso recebeu a família de Ana Paula e o representante do Greenpeace para formalizar solidariedade a ela. "Se for necessário, se a família quiser algum acompanhamento numa viagem que faça, nós daremos também esse acompanhamento", garantiu o governador.

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