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Bagdá (Folhapress) – A onda de violência no Iraque desencadeada na quarta-feira, após um ataque a um santuário xiita, a Mesquita Dourada de Samarra, já deixou mais de 130 mortos no Iraque, dos quais ao menos 95 são vítimas de agressões entre sunitas e xiitas, as duas correntes do islamismo. A polícia iraquiana encontrou ontem 47 corpos baleados em Nahrawan, região povoada por sunitas e xiitas e que foi palco de confronto das duas facções nas últimas 24 horas. As vítimas, com idades entre 20 e 50 anos, seriam trabalhadores de uma fábrica de tijolos.

Outros 48 mortos, também vítimas da sangrenta revolta que explodiu nas 24 horas após o ataque ao santuário xiita, foram contabilizados pelas autoridades iraquianas. Seriam sunitas que viviam dentro ou nas proximidades de enclaves xiitas, segundo o Ministério iraquiano do Interior.

A mesquita de Samarra, destruída na quarta-feira, é um dos quatro maiores e mais importantes santuários xiitas. Ela tem significado especial porque dois dos 12 imãs reverenciados como figuras predominantes para os xiitas estão enterrados no local: Ali al Hadi, que morreu em 868 d.C., e seu filho e 11.º imã, Hassan al Askari.

Ontem, milhares de xiitas saíram às ruas do Iraque pelo segundo dia consecutivo para protestar contra a explosão que destruiu a cúpula dourada da mesquita e deixou o resto do edifício em ruínas.

A violência entre xiitas, que governam o país, e sunitas eleva o temor de que essa situação leve o país a uma guerra civil propriamente dita, que se somaria aos problemas já enfrentados com a rejeição do povo à presença das tropas de ocupação lideradas pelo EUA.

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