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A polícia se mobilizou para conter novos ataques a igrejas no Paquistão
A polícia se mobilizou para conter novos ataques a igrejas no Paquistão| Foto: EFE/EPA/ILYAS SHEIKH

Ao menos 17 igrejas foram incendiadas em Jaranwala, no Paquistão, nessa quarta-feira (16) após moradores acusarem dois cristãos de cometerem blasfêmia ao profanar o Alcorão, livro sagrado para os muçulmanos. O caso rendeu mais de 100 prisões pelo país, segundo autoridades locais.

De acordo com a CNN, milhares de paquistaneses, aproximadamente 5 mil, se reuniram em multidões para atacar as comunidades religiosas. Alguns atentados foram impedidos de acontecer pela polícia, informou um porta-voz do governo após os episódios de violência.

No comunicado, ele ressaltou que uma investigação foi iniciada para apurar a acusação pública de blasfêmia, considerada um crime que pode levar à pena de morte no país.

Muçulmanos que residem na região de Jaranwala começaram os ataques após receberem um vídeo no qual são exibidas páginas do Alcorão riscadas com comentários depreciativos escritos em vermelho.

O primeiro-ministro interino do país, Anwar-ul-Haq, se manifestou contra os ataques, afirmando que eles são "ilegais e inconstitucionais". Para o líder, "o país não pode tolerar atos violentos com esse".

Segundo a lista mundial de perseguição religiosa da ONG Portas Abertas, o Paquistão ocupa hoje a sétima colocação entre os países que mais perseguem cristãos no mundo.

A comunidade cristã representa 1,27% da população paquistanesa, de acordo com o censo realizado pelo governo, com 2,6 milhões de pessoas.

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