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Pelo menos 2.600 guerrilheiros deixaram as duas principais organizações rebeldes da Colômbia em 2009, a maioria a mando de comandantes de média patente que se cansaram de uma luta sem sentido, segundo o governo.

A deserção é uma das principais estratégias do governo para debilitar as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN), além de uma ofensiva militar que obrigou as guerrilhas a um recuo estratégico.

"O ano de 2009 foi muito bom para as desmobilizações, houve 2.638 guerrilheiros que se entregaram às autoridades", disse a jornalistas o alto conselheiro para a Reintegração, Frank Pearl.

De acordo com ele, foram 2.128 desertores das Farc, 492 do ELN e 18 de outros grupos.

"As pessoas que estão se entregando são gente que tem entre 10 e 30 anos entre esses grupos guerrilheiros, os mandos médios, as pessoas mais experimentadas estão saindo dos grupos guerrilheiros porque veem que o que estão fazendo não faz sentido", afirmou Pearl.

Desde o início do governo de Álvaro Uribe, em agosto de 2002, mais de 17 mil guerrilheiros das Farc e do ELN desertaram.

O popular presidente colombiano promove, com apoio dos EUA, uma ofensiva militar sem antecedentes, que fez as guerrilhas recuarem das zonas urbanas para as montanhas e selvas.

De acordo com fontes de segurança, as Farc minguaram de 17 mil combatentes em 2002 para 9.000 agora, mas ainda têm capacidade de atacar com impacto nas cidades e nas regiões de selva e montanha do sul da Colômbia.

A guerrilha mantém forte presença em áreas consideradas estratégicas para a produção e tráfico de cocaína, segundo fontes de segurança.

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