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Possíveis membros da seita nigeriana Boko Haram foram presos | STR /AFP
Possíveis membros da seita nigeriana Boko Haram foram presos| Foto: STR /AFP

Maiduguri - Forças do governo da Nigéria procuraram ontem mem­­bros da seita radical islâmica Bo­­ko Haram, após pesados confrontos deixarem pelo menos 700 pessoas mortas e carros e prédios destruídos ao longo da última semana.

Não houve registro de ne­­nhum novo enfrentamento ontem, mas um comandante militar disse à Associated Press que muitos membros da seita ainda estão foragidos. Tropas do governo guardam os escombros da sede da seita, localizada na cidade de Maiduguri, no norte do país.

Os problemas começaram no domingo passado no Estado de Bauchi, a cerca de 400 quilômetros de Maiduguri, quando membros do grupo foram detidos pela suspeita de conduzirem um ataque a uma estação policial. Clé­­rigos moderados muçulmanos e acadêmicos disseram que ha­­viam alertado o governo sobre as tendências violentas da seita, mas que não foram ouvidos até que os militantes atacassem uma estação de polícia em Bauchi, em 26 de julho. A violência espalhou-se rapidamente por vários Estados, mas Maiduguri, capital do Estado de Borno, onde o líder da facção Mohammed Yusuf tinha sua base, presenciou as lutas mais duras. "Pelas nossas contas, o número de vítimas é de 780 até agora. Uma equipe conjunta de operação está procurando corpos por toda a cidade", disse à Reuters Aliiyu Maikano, responsável por gestão de conflitos na Cruz Vermelha nigeriana.

A Boko Haram é conhecida como o taleban nigeriano. Ainda não há evidência de uma ligação direta com a Al-Qaeda, mas os conflitos coincidem com o au­­mento da preocupação quanto à capacidade de grupos ligados à Al-Qaeda de cruzarem fronteiras no deserto do Norte da África.

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