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Três ministros tunisianos renunciaram nesta terça-feira, deixando à beira do colapso o governo interino que assumiu o poder depois da queda do presidente Zine al-Abidine Ben Al.

Com as novas renúncias, no espaço de 72 horas deixaram o governo o primeiro-ministro e cinco ministros, na pior crise política da Tunísia desde que Ben Ali foi derrubado há um mês e meio.

Uma fonte próxima ao governo disse à Reuters que o novo primeiro-ministro, Beji Caid Sebsi, anunciará nesta semana a criação de um conselho representativo cujo trabalho será reescrever a Constituição antes das eleições.

Isso poderia reduzir a pressão feita pelos opositores sobre o governo. Não estava claro, porém, se ele conseguiria sobreviver mesmo com essas mudanças.

Entre os ministros que renunciaram nesta terça estão Ahmed Nejib Chebbi, que ocupava a pasta do desenvolvimento regional, e Ahmed Brahim, a da educação superior.

Ambos são membros da oposição e foram para o governo depois da queda de Ben Ali. O terceiro ministro a renunciar foi Elyes Jouini, que ocupava a pasta da reforma econômica.

A Tunísia luta para restaurar a estabilidade desde que Ben Ali, que ficou no poder durante 23 anos, fugiu para a Arábia Saudita em janeiro, após uma onda de protestos antigoverno.

A revolução inspirou insurreições em outras partes do mundo árabe, mas depois disso a Tunísia tem sofrido surtos de violência e enormes protestos que colocam pressão sobre o governo interino.

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