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Benigna Leguizamón assegurou que o relacionamento com Lugo começou em 2001 quando ela era uma mãe solteira de uma criança | Christian Rizzi/Gazeta do Povo
Benigna Leguizamón assegurou que o relacionamento com Lugo começou em 2001 quando ela era uma mãe solteira de uma criança| Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo

Uma mulher de 27 anos anunciou nesta segunda-feira (20) que pedirá ao presidente do Paraguai, Fernando Lugo, que reconheça seu filho de 6 anos, em uma ação judicial semelhante à que ocorreu há menos de 15 dias contra o bispo licenciado da Igreja Católica.

Lugo chocou o país na semana passada quando, pressionado por uma reivindicação judicial, admitiu ser pai de um menino de quase dois anos, fruto de uma relação com uma jovem quando era sacerdote.

O presidente registrou o menino e iniciou os trâmites para que a criança leve o seu sobrenome.

Desta vez, Benigna Leguizamón, uma humilde vendedora de detergentes que mora na periferia da Ciudad del Este, a uns 350 quilômetros de Assunção, disse que pedirá a Lugo o reconhecimento de um de seus quatro filhos.

"Tive um relacionamento com este senhor (Lugo) (...) e desta relação existe esta criatura que está sofrendo", disse Leguizamón a jornalista um pouco depois que ter apresentado seu caso a representantes da Secretaria estatal da Infância e da Adolescência.

"Um dia ainda vou esperar, se não assumir a sua responsabilidade amanhã, às seis da manhã apresentarei o pedido", acrescentou.

O governo informou em um comunicado que o presidente "está disposto para agir sempre com o argumento da verdade", e que designou uma equipe para atender os casos jurídicos que possam surgir, assim como os requerimentos da imprensa sobre o assunto.

A mulher assegurou que o relacionamento com Lugo começou em 2001 quando ela era uma mãe solteira de uma criança. "Eu fui pedir a ajuda do bispo Lugo, porque o pai da minha primeira filha tinha se recusado a dar uma assistência à menina", disse ao jornal Última Hora.

"Neste momento, Lugo me deu apoiou, mas se aproveitou da minha enorme necessidade e me induziu para que tivéssemos relações. Em um ano estava grávida dele. Tive meu filho com uma parteira na casa em que morava, cujo aluguel ele pagava", informou na entrevista.

Leguizamón disse que não denunciou o presidente por medo, mas que teve coragem de denunciar assim que ficou sabendo do caso que veio à luz na semana passada.

"Ofereceram-me dinheiro para que denunciasse durante a campanha eleitoral, mas recusei porque não quero que o caso de meu filho seja manipulado. Ele (Lugo) me deu dinheiro até que meu filho tivesse dois anos, depois foi cortando e hoje não atende mais as minhas chamadas", assegurou.

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