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Mulher de um dos passageiros do voo MH370 cobra explicações | Azhar Rahim/Efe
Mulher de um dos passageiros do voo MH370 cobra explicações| Foto: Azhar Rahim/Efe

A Autoridade de Aviação Civil da Malásia declarou oficialmente nesta quinta-feira (29) que a queda do avião que fazia o voo MH370 foi um acidente, cumprindo uma obrigação legal que vai permitir o andamento dos pedidos de indenização.

O diretor da organização, Azharuddin Abdul Rahman, disse que as buscas pela aeronave que desapareceu no dia 8 de março de 2014, quando ia de Kuala Lumpur para Pequim, "continua a ser uma prioridade".

"É portanto com pesar e a mais profunda tristeza que declaramos oficialmente que a queda do avião da Malaysia Airlines que fazia o voo MH370 foi um acidente", disse ele em mensagem gravada anteriormente que foi levada ao ar pela televisão malaia. Ele declarou também que presume-se que todos os 239 passageiros e tripulantes a bordo perderam suas vidas.

Azharuddin afirmou que a Malásia, a China e a Austrália não poupam gastos ou recursos em suas buscas pelo avião, que teria caído ao sul do oceano Índico e ao largo da costa ocidental da Austrália. As buscas foram retomadas em outubro, após parada de quatro meses, quando passaram a ser usados sonares mais sofisticados.

Segundo Azharuddin, os integrantes das equipes de buscas levam em conta todas as pistas e avaliam todos os dados disponíveis que possam rastrear a aeronave, mas ainda não foram capazes de localizar o avião.

Ele afirmou que o capítulo 1, anexo 13 da Convenção Internacional da Aviação Civil, geralmente chamada de "Convenção de Chicago", declara que a definição do termo "acidente" inclui "o avião está desaparecido". "Também declara que 'um avião é considerado desaparecido quando as buscas oficiais tenham se encerrado e os destroços não tenham sido localizados'."

Azharuddin disse também que a investigação de uma equipe de segurança e da polícia malaia continuam em vigor, mas ambas são limitadas pela falta de evidência física até o momento, principalmente dos registros de voo.

"Nesta conjuntura, não há evidências para fundamentar qualquer especulação como a causa do acidente", afirmou ele, acrescentando que um relatório provisório que trata do progresso da investigação de segurança será publicado em breve.

Familiares

Os familiares das vítimas chinesas do voo MH370 rejeitam receber a compensação que lhes oferece a companhia aérea pelo acidente. "Não aceitamos sua conclusão. Que evidências têm para concluir que foi um acidente?. Devem continuar investigando. Queremos a verdade", afirmou Steven Wang, que atua como porta-voz do grupo de familiares dos passageiros chineses que embarcaram no voo MH370, no total, 153 pessoas.

As famílias chinesas não planejam, por enquanto, realizar nenhum ato de protesto, depois que as autoridades restringiram a manifestação pública de suas denúncias nas últimas ocasiões.

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