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Manifestantes marcham em protesto contra o primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, em Istambul | Reuters / Cevahir Bugu
Manifestantes marcham em protesto contra o primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, em Istambul| Foto: Reuters / Cevahir Bugu

Policiais lançaram gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar manifestantes nesta segunda-feira (25) em Istambul. Eles protestavam contra o governo do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan.

Os incidentes mais graves ocorreram no bairro de Kadiköy, na parte asiática da cidade, onde a polícia interveio com vários blindados. Um dos manifestantes foi ferido no olho por uma bala de borracha, segundo a mídia local.

Milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra um escândalo de corrupção que envolve o governo.

Autoestrada

Em Ancara, protestos estudantis contra a abertura de uma autoestrada também provocou confrontos. A obra tem o respaldo do premiê e passa por dentro do campus de uma faculdade.

"Governo: renúncia", "Ladrão Tayyip Erdogan" e "Corrupção em todas as partes" foram algumas das palavras de ordem cantadas nos protestos em várias cidades, segundo informa o jornal turco "Evrensel".

Grupos de ativistas se reuniram com cartazes em bairros de Istambul, e também houve choques com a polícia em Esmirna, Bursa e Eskisehir, e manifestações sem incidentes em pelo menos outras seis cidades, segundo a imprensa local.

Gravação

Os protestos ocorrem em reação à divulgação de uma gravação telefônica na qual supostamente é possível escutar Erdogan aconselhar seu filho, Bilal, que se desfaça de grande quantidade de dinheiro após a abertura de uma investigação contra os filhos de vários ministros em dezembro.

Erdogan declarou nesta segunda (25) no Parlamento que a gravação é "uma montagem imoral" e negou que tenha alguma veracidade, mas os partidos de oposição a dão por fidedigna e pediram a renúncia do Governo.

A investigação aberta pela Promotoria em dezembro motivou a renúncia de quatro ministro do Executivo, que qualificou o ocorrido como um "golpe judicial" e acusou de ter sido orquestrado pelos seguidores do movimento islamita Fethullah Gülen.

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