Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Columbia

Manifestantes anti-Israel invadem biblioteca de universidade nos EUA e expulsam estudantes

Estudantes pró-Palestina invadem universidade nos EUA e impedem judeus de participarem das aulas
Estudantes e outros manifestantes pró-Palestina se reúnem do lado de fora do campus da Universidade de Columbia, em Nova York, EUA, 30 de abril de 2024 (Foto: EFE/EPA/SARAH YENESEL)

Ouça este conteúdo

Manifestantes anti-Israel invadiram nesta quarta-feira (7) a biblioteca da Universidade de Columbia, em Nova York, nos Estados Unidos, expulsando estudantes que se preparavam para os exames finais. O grupo, composto por mais de 100 indivíduos mascarados, assumiu o controle de parte da instalação e declarou o local como uma "Zona de Libertação", segundo informações da Fox News.

Os invasores, que exigem que a universidade se desvincule de investimentos provenientes de Israel, se reuniram em apoio a Mahmoud Khalil, apontado como o líder dos protestos pró-Palestina que ocorreram durante o ano passado no campus. Khalil, atualmente preso e sob ameaça de deportação, enfrenta acusações de envolvimento em atos de vandalismo e agressão durante essas manifestações. Embora possua residência legal permanente nos Estados Unidos, a Casa Branca emitiu uma ordem de deportação contra ele, alegando que Khalil teria apoiado o grupo terrorista Hamas e promovido atos antissemitas. Grupos pró-palestinos o classificam como um "preso político" e têm protestado contra sua prisão.

Testemunhas relataram à Fox News que os invasores subiram em mesas, entoaram gritos de "Palestina Livre" e ameaçaram transformar o espaço em um acampamento.

Em resposta, a equipe de segurança da universidade foi acionada e alertou os manifestantes que eles seriam presos por invasão se não deixassem o local. Um porta-voz de Columbia afirmou que “as interrupções em nosso campus e nas atividades acadêmicas não serão toleradas”, destacando que aqueles que se recusarem a sair enfrentarão sanções disciplinares.

“Infelizmente, a universidade está lidando com uma interrupção na sala de leitura 301 da biblioteca Butler. A equipe de segurança pública de Columbia está respondendo e trabalhando para mitigar a situação”, declarou o porta-voz. “Indivíduos foram solicitados a apresentar identificação, que será registrada, e a se dispersarem. Eles foram informados de que a não conformidade resultará em violações de nossas regras e políticas e possível prisão.”

Estudantes que não participaram do protesto relataram que foram forçados a deixar a biblioteca, interrompendo seus estudos para os exames finais. Alguns demonstraram preocupação de que os invasores possam estabelecer um acampamento permanente no local.

A Universidade de Columbia, que já enfrentou críticas por episódios de antissemitismo no campus, afirmou que continuará protegendo o direito de expressão, mas que as ações devem seguir suas regras e políticas. “Essas interrupções não serão toleradas”, reforçou o porta-voz.

O incidente ocorre em meio a um histórico recente de protestos anti-Israel na instituição, que já resultaram na prisão de mais de 200 pessoas em manifestações passadas. Em março, o governo Trump cancelou US$ 400 milhões em subsídios federais para Columbia, alegando que a universidade falhou em proteger estudantes judeus contra assédio antissemita.

VEJA TAMBÉM:

Use este espaço apenas para a comunicação de erros