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Manifestantes anti-Israel invadiram nesta quarta-feira (7) a biblioteca da Universidade de Columbia, em Nova York, nos Estados Unidos, expulsando estudantes que se preparavam para os exames finais. O grupo, composto por mais de 100 indivíduos mascarados, assumiu o controle de parte da instalação e declarou o local como uma "Zona de Libertação", segundo informações da Fox News.
Os invasores, que exigem que a universidade se desvincule de investimentos provenientes de Israel, se reuniram em apoio a Mahmoud Khalil, apontado como o líder dos protestos pró-Palestina que ocorreram durante o ano passado no campus. Khalil, atualmente preso e sob ameaça de deportação, enfrenta acusações de envolvimento em atos de vandalismo e agressão durante essas manifestações. Embora possua residência legal permanente nos Estados Unidos, a Casa Branca emitiu uma ordem de deportação contra ele, alegando que Khalil teria apoiado o grupo terrorista Hamas e promovido atos antissemitas. Grupos pró-palestinos o classificam como um "preso político" e têm protestado contra sua prisão.
Testemunhas relataram à Fox News que os invasores subiram em mesas, entoaram gritos de "Palestina Livre" e ameaçaram transformar o espaço em um acampamento.
Em resposta, a equipe de segurança da universidade foi acionada e alertou os manifestantes que eles seriam presos por invasão se não deixassem o local. Um porta-voz de Columbia afirmou que “as interrupções em nosso campus e nas atividades acadêmicas não serão toleradas”, destacando que aqueles que se recusarem a sair enfrentarão sanções disciplinares.
“Infelizmente, a universidade está lidando com uma interrupção na sala de leitura 301 da biblioteca Butler. A equipe de segurança pública de Columbia está respondendo e trabalhando para mitigar a situação”, declarou o porta-voz. “Indivíduos foram solicitados a apresentar identificação, que será registrada, e a se dispersarem. Eles foram informados de que a não conformidade resultará em violações de nossas regras e políticas e possível prisão.”
Estudantes que não participaram do protesto relataram que foram forçados a deixar a biblioteca, interrompendo seus estudos para os exames finais. Alguns demonstraram preocupação de que os invasores possam estabelecer um acampamento permanente no local.
A Universidade de Columbia, que já enfrentou críticas por episódios de antissemitismo no campus, afirmou que continuará protegendo o direito de expressão, mas que as ações devem seguir suas regras e políticas. “Essas interrupções não serão toleradas”, reforçou o porta-voz.
O incidente ocorre em meio a um histórico recente de protestos anti-Israel na instituição, que já resultaram na prisão de mais de 200 pessoas em manifestações passadas. Em março, o governo Trump cancelou US$ 400 milhões em subsídios federais para Columbia, alegando que a universidade falhou em proteger estudantes judeus contra assédio antissemita.