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Manifestantes da província de Gran Chaco, no sudeste boliviano, tomaram na terça-feira a estação principal de um gasoduto que exporta gás para a Argentina, mas não interromperam o bombeamento do produto, informaram meios de comunicação locais.

A invasão da planta de bombeamento ocorreu depois de duas horas de confronto entre os manifestantes e integrantes de uma força de segurança da polícia e do Exército. A estação é operada pela Transredes, filial da anglo-holandesa Royal Dutch Shell .

As rádios Erbol e Fides disseram que a invasão e os choques, que deixaram civis feridos, representava o agravamento de um conflito entre Gran Chaco e a província vizinha de O'Connor, ambas localizadas em Tarija, pela posse de um campo de gás.

"A força pública cedeu e houve uma tomada pacífica da estação de Transredes, mas ainda não ocorreu o corte de gás à Argentina. As pessoas esperam que cheguem os técnicos que devem fechar a exportação", relatou um correspondente da Erbol do lugar do protesto.

Uma fonte da Superintendência de Hidrocarbonetos disse à Reuters que tinha apenas "conhecimento extra-oficial" da invasão da estação de bombeamento, localizada a cerca de 1.500 km de La Paz e a menos de 1 km da fronteira com a Argentina.

A Bolívia exporta à Argentina atualmente pelo gasoduto uma média de 5 milhões de metros cúbicos de gás por dia.

Pontos-chave do gasoduto e das jazidas de gás de Gran Chaco, as maiores do país, estavam sob forte aparato de segurança policial e militar desde a segunda-feira, devido ao agravamento do conflito entre as províncias de Gran Chaco e O'Connor.

"Os culpados por isso são o governo nacional e a prefeitura de Tarija, que não assumem sua responsabilidade para resolver este problema, que se prolonga por vários anos", informou à Erbol Jorge Arias, um dos líderes da mobilização e vice-presidente do conselho municipal de Yacuiba, capital de Gran Chaco.

Com uma reserva total de 48,7 bilhões de pés cúbicos, a Bolívia exporta gás também para o Brasil, num volume de mais de 25 milhões de metros cúbicos por dia, mas esta operação não foi afetada pelo conflito em Chaco.

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