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Plantão | Publicada em 17/12/2006 às Jornalistas russos acenderam velas e leram nomes de uma lista com mais de 200 colegas que morreram violentamente desde a queda da União Soviética. Durante o evento, realizado no domingo, foram feitas duras críticas ao presidente Vladimir Putin.

Com fotografias de repórteres assassinados, como Anna Politkovskaya e Paul Klebnikov, dois dos 211 jornalistas assassinados na Rússia nos últimos 15 anos, os manifestantes acusaram as autoridades de nada fazerem para encontrar os assassinos.

Cerca de 250 jornalistas e simpatizantes se reuniram em uma praça no centro de Moscou sob uma estátua do escritor Alexander Pushkin, cercados por centenas de policiais.

``Quando jornalistas são mortos e as autoridades não encontram os assassinos, significa que as autoridades não querem que as pessoas saibam a verdade'', disse Alexei Yablokov, um acadêmico.

``Um país como este não vai a lugar nenhum, não tem futuro, e vai na direção do fascismo. É por isso que estou aqui: não quero que minha Rússia se torne um país fascista.''

``Quem mandou matar Anna Politkovskaya?'', perguntava um cartaz. Politkovskaya, uma jornalista conhecida por sua oposição às políticas do Kremlin na Tchetchênia, foi assassinada em 7 de outubro, perto de seu apartamento em Moscou. Outro cartaz dizia: ``Anna Politkovskaya - a consciência do país''.

O Sindicato Russo de Jornalistas afirma que 211 jornalistas foram assassinados na Rússia desde 1992. Destes, 109 foram mortos enquanto o ex-presidente Boris Ieltsin estava no poder e 102 foram mortos durante o governo de Putin, que já dura seis anos.

``Putin é o responsável pessoal pelo caos completo em que centenas de jornalistas são mortos'', disse à Reuters Ernst Chorny, um ativista de direitos humanos.

Os jornalistas foram proibidos de fazer uma caminhada de protesto até a praça, e o policiamento pesado parecia refletir o temor das autoridades de que a manifestação se transformasse em um evento anti-Kremlin.

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