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Várias centenas de manifestantes egípcios tentam nesta quarta-feira bloquear os prédios do Parlamento no Cairo como parte da campanha para depôr o regime do presidente Hosni Mubarak. O complexo é protegido por tropas apoiadas por veículos blindados, mas não houve violência. Os manifestantes realizaram um bloqueio sentando-se no chão para impedir o acesso à câmara baixa, assim como outras centenas de pessoas que ocupam a Praça Tahrir, no centro da capital egípcia.

O Parlamento é dominado pelo partido de Mubarak, o Partido Nacional Democrático, graças a regras duras sobre quem pode participar das eleições. Os manifestantes veem isso como parte de seu regime autocrático. Milhares de manifestantes pró-democracia têm acampado na Praça Tahrir desde 28 de janeiro para exigir a saída de Mubarak.O governo ofereceu reformas

constitucionais e Mubarak prometeu não tentar a reeleição em setembro ou fazer de seu filho seu sucessor, mas o presidente diz que pretende permanecer no cargo até o final de seu mandato, enquanto os manifestantes exigem que ele saia imediatamente.

Nesta quarta-feira, milhares de manifestantes continuavam acampados na Praça Tahrir, no 16º dia de protestos contra o governo, um dia depois da maior concentração no local contra Mubarak. A maioria dos milhares de manifestantes que lotaram a praça na terça-feira foi para casa, mas o núcleo do grupo que ocupa o espaço há 12 dias continua no local em barracas improvisadas.

O vice-presidente Omar Suleiman tentou esfriar os protestos ao iniciar uma diálogo com alguns grupos de oposição com o objetivo de reformar a Constituição e preparar o país para eleições livres. Mas na praça, a principal exigência dos manifestantes continua a ser a saída de Mubarak.

A presença da proscrita Irmandade Muçulmana nos protestos provocou temores em alguns países do Ocidente de que o movimento possa ser capturado por islamitas. Mas os manifestantes - islamitas, secularistas, esquerdistas, liberais e jovens frustrados sem ideologia mobilizados pelo ativismo na internet - afirmam que seu objetivo é a realização de eleições livres para todos.

Os manifestantes pretendem permanecer na praça até a queda da Mubarak e diariamente recebem ajuda de simpatizantes que levam suprimentos. As informações são da Dow Jones.

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