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Passado o encantamento com a vitória inesperada que garantiu aos conservadores maioria absoluta no Parlamento britânico, o primeiro-ministro David Cameron se depara, mais uma vez, com a possibilidade de entrar para a História como o premier que deixou a Escócia sair do Reino Unido e permitiu que o país abandonasse a União Europeia. Este será o maior desafio que os conservadores terão de enfrentar nos próximos cinco anos de governo.

Se o partido saiu maior desta eleição, agora tem a tarefa de evitar que o país se torne menor. As urnas deram 50% dos votos para os nacionalistas na Escócia, garantindo ao partido (que se tornou a terceira maior força política do Reino Unido) 56 dos 59 assentos, varrendo os trabalhistas, que tinham na região o seu reduto histórico. Horas depois do início da contagem dos votos, o ex-líder do SNP Alex Salmond afirmou que os conservadores não têm mais qualquer legitimidade na Escócia. A líder dos nacionalistas, Nicola Sturgeon, pede a realização de novo plebiscito para saber se querem permanecer no Reino Unido. Em setembro, os escoceses disseram “não” por 55% a 45%.

Cameron procurou aplacar os temores logo no discurso de vitória, prometendo um Reino Unido ainda maior. O premier se referiu à expressão “partido de uma só nação” usada pela primeira vez pelos conservadores em 1920. “Juntos, podemos fazer o Reino Unido ainda maior”, afirmou.

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