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Santuário em ilha do Golfo do México está ameaçado pela chegada da mancha negra: desastre ambiental é a maior preocupação das autoridades | Greenpeace/AFP
Santuário em ilha do Golfo do México está ameaçado pela chegada da mancha negra: desastre ambiental é a maior preocupação das autoridades| Foto: Greenpeace/AFP

Exploração

Obama congela novas licenças

Folhapress

O desastre provocado pelo vazamento de óleo no Golfo do México fez o presidente Barack Obama suspender ontem todas as novas licenças para exploração de petróleo no mar.

Ele pediu ao secretário do Interior, Ken Salazar, que liste em 30 dias as tecnologias que possam ser usadas para evitar novos acidentes do tipo.

"Vamos nos assegurar de que todas as concessões autorizadas tenham essas salvaguardas’’, declarou o presidente. A suspensão das licenças não deve ter efeito imediato, já que não há pedidos pendentes para os próximos meses.

A ampliação da exploração oceânica é peça-chave da política de clima e energia da Casa Branca. Ao liberar o litoral do Atlântico e o norte do Alasca às perfurações, o governo espera reduzir a dependência de óleo do Oriente Médio.

  • Veja a área atingida pelo óleo e as espécies ameaçadas

A mancha negra de petróleo que vazou de uma plataforma no Gol­­fo do México chegou ontem à costa do estado da Louisiana e avança em direção ao litoral do Texas, Alabama e Flórida.

O governador Charlie Crist declarou ontem estado de emergência na Flórida ante o avanço da maré negra. Crist assinou a declaração de emergência para os condados de Escambia, Santa Rosa, Okaloosa, Walton, Bay e do Golfo, no setor noroeste da Flórida, que são os mais expostos ao vazamento de petróleo.

Com a declaração, a Flórida receberá ajuda do governo federal para fazer frente a uma eventual catástrofe natural. É o segundo estado a decretar estado de emergência. O primeiro foi Louisiana, na quinta-feira.

O governo dos EUA ampliou os esforços para evitar que o petróleo que vazou provoque um desastre ambiental ao se aproximar da foz do Rio Mississippi. O presidente Barack Obama prometeu "usar todo e qualquer recurso disponível’’, e os militares estão mobilizados para combater o vazamento, que pode afetar a pesca, a preservação ambiental e o turismo.

O poço, que ficava sob uma plataforma que explodiu e pegou fogo na semana passada, está soltando até 5.000 barris (quase 800 mil litros) de petróleo bruto por dia, segundo a Administração Na­­cional Oceânica e Atmosférica. Is­­so é cinco vezes a quantidade estimada anteriormente.

A secretária federal de Segu­­rança Doméstica, Janet Napoli­­tano, disse que se trata de "um vazamento de importância nacional’’, o que significa que recursos federais de outras regiões podem ser usados.

Obama disse que a empresa britânica BP, dona do poço, terá de arcar com os custos da limpeza. As ações da BP e de outras empresas envolvidas na exploração de pe­­tróleo no poço despencaram.

A explosão da plataforma ma­­tou 11 trabalhadores.

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