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Sede do Parlamento Europeu em Estrasburgo, na França: centenas de milhares de euros foram encontrados na casa de Eva Kaili, durante investigações de subornos pagos por Marrocos e Catar
Sede do Parlamento Europeu em Estrasburgo, na França: centenas de milhares de euros foram encontrados na casa de Eva Kaili, durante investigações de subornos pagos por Marrocos e Catar| Foto: EFE/EPA/JULIEN WARNAND

O italiano Francesco Giorgi, marido da ex-vice-presidente do Parlamento Europeu Eva Kaili, confessou seu envolvimento em um escândalo de subornos envolvendo esse congresso, o Catar e o Marrocos, e apontou várias pessoas que teriam participado do esquema, informou nesta quinta-feira (15) o jornal belga Le Soir.

Giorgi, de 35 anos e pai de uma filha de dois anos com Kaili, que tem 44, admitiu sua culpa à polícia e ao juiz de instrução durante um interrogatório conduzido por autoridades da Bélgica no caso que veio à tona na última sexta-feira.

O assistente parlamentar, a quem o juiz decidiu, na quarta-feira, deter temporariamente, apontou como envolvido no esquema o ex-eurodeputado italiano Pier Antonio Panzieri, em cuja casa foram encontrados 700 mil euros em uma operação de busca e apreensão. Ele também foi acusado e está detido.

A esposa e a filha de Panzieri foram detidas na Itália, e a Bélgica solicitou a extradição de ambas.

Giorgi também acusou dois outros deputados social-democratas: o belga Marc Tarabella, cuja casa já havia sido revistada pelas autoridades como parte da investigação, mas que estava em liberdade, e o italiano Andrea Cozzolino, para quem Giorgi trabalhava como assistente.

Kaili, por sua vez, está em prisão provisória e deve depor a um juiz no próximo dia 22, após não poder comparecer na quarta-feira devido a uma greve de funcionários públicos.

Nas buscas, a polícia encontrou centenas de milhares de euros em dinheiro na casa de Kaili e Giorgi, com quem ela mantém um relacionamento há cinco anos.

Os agentes também surpreenderam o pai de Kaili deixando um hotel em Bruxelas com sacos de dinheiro, o que lhes permitiu agir, apesar da imunidade parlamentar da política grega, e entender que ela estava cometendo um delito flagrante.

As novas informações reveladas pelo jornal Le Soir apontam cada vez mais fortemente para o Marrocos, e não apenas para o Catar, como a fonte dos subornos. Em particular, para o embaixador marroquino na Polônia, Abderrahim Atmoun, e dois agentes dos serviços secretos marroquinos que não tiveram os nomes divulgados.

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