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Libertação é "presente de Páscoa" para famílias de marinheiros

"É o melhor presente que podíamos receber", disse nesta quarta-feira (4) a família de Adam Sperry, um dos 15 militares da Marinha britânica detidos pela força naval iraniana.

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Libertação de marinheiros britânicos é um "alívio profundo", diz Tony Blair

À véspera de um fim de semana prolongado de Páscoa na Grã-Bretanha, Blair disse que estava satisfeito com a libertação dos 14 homens e uma mulher anunciada em entrevista.

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Os 15 marinheiros britânicos foram libertados pelo governo iraniano nesta quarta-feira (4). Eles estavam presos desde o último dia 23, quando patrulhavam o Golfo Pérsico. Antes de serem soltos, o presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad conversou com cada um deles publicamente e em frente às câmeras de emissoras de televisão.

Ahmadinejad sorriu quando se encontrou com um dos presos. E disse brincando: "Como você está?... Então você veio em férias obrigatórias". Ele deu ainda "boa sorte" aos britânicos.

Os homens vestiam ternos em vez dos uniformes que haviam usado e Faye Turney, a única mulher do grupo, usava um véu azul com camisa rosa escuro.

Os marinheiros irão para a embaixada britânica e embarcam para suas casas na quinta-feira.

A crise

O Irã acusou a Grã-Bretanha de ter invadido suas águas no último dia 23. O governo britânico, porém, disse que os militares estavam em águas iraquianas.

Neste período de prisão, a Grã-Bretanha sempre manteve a sua posição. Já alguns dos militares presos apareceram na TV iraniana pedindo desculpas por ter invadido o espaço iraniano sem autorização. Este fato foi repudiado pelo governo britânico, que declarou que seus marinheiros foram obrigados.

Nesta quarta, durante a entrevista coletiva, Ahmadinejad fez um pedido ao primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.

"Peço ao senhor Blair que não puna os soldados com a acusação de aceitarem falar a verdade", disse ele em referência às "confissões" gravadas dos 15 marinheiros e fuzileiros-navais dizendo que haviam entrado em águas iranianas.

O perdão do Irã, porém, aconteceu só depois de Ahmadinejad premiar três de seus militares exatamente por terem prendido os 15 britânicos.

O presidente do Irã disse ainda que está "triste" pelo que chamou de violação da fronteira iraniana pelos britânicos e disse lamentar que Londres não teve "coragem suficiente" para admitir seus atos.

"O governo iraniano lamenta que o governo britânico não é corajoso suficiente para confessar seu erro de entrar em águas iranianas", disse Mahmoud Ahmadinejad em uma entrevista coletiva, acrescentando que a nação iraniana estava "triste" pela ação britânica.

Recepção

O chamado Comitê Cobra - comissão de crise integrada por membros do Governo, da Polícia e dos serviços secretos do Reino Unido - se reunirá nesta quarta para organizar o retorno dos 15 militares britânicos detidos no Irã.

Segundo a rede pública "BBC", o comitê se reunirá a partir das 13h (de Brasília) para estudar a "logística" necessária para repatriar os militares.

Em Londres, o Governo britânico comemorou o anúncio feito por Ahmadinejad.

"Cumprimentamos o que o presidente (Ahmadinejad) disse sobre a libertação dos 15 militares", disse uma porta-voz de Downing Street, residência e escritório oficial do primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.

"Estamos estabelecendo agora exatamente o que isto significa quanto ao método e ao momento da libertação", acrescentou a porta-voz.

Estados Unidos

O presidente dos EUA George W. Bush saudou o anúncio feito pelo Irã quanto à libertação dos marinheiros britânicos, informou a Casa Branca.

"Como o primeiro-ministro Blair, o presidente Bush saúda a notícia", declarou a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino.

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