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Equipe de televisão faz reportagem ao lado de um dique no Canal Industrial, em Nova Orleans | Dave Martin/Reuters
Equipe de televisão faz reportagem ao lado de um dique no Canal Industrial, em Nova Orleans| Foto: Dave Martin/Reuters

Mais fraco, furacão Gustav testa diques de Nova Orleans

O furacão Gustav atingiu ontem a costa norte-americana banhada pelo golfo do México em um ponto localizado a oeste de Nova Orleans, provocando alagamentos na cidade destruída pelo Katrina em 2005 e ameaçando os diques de proteção agora reconstruídos.

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  • Veja os locais que o furacão Gustav passou e provocou estragos e quais vai passar

St. Paul, EUA - Sem poder falar de política partidária-eleitoral para evitar constrangimentos pelos efeitos do furacão Gustav, o candidato republicano a presidente dos EUA, John McCain, transformou sua agenda nos últimos dois dias numa pregação por solidariedade às pessoas atingidas. Viajou para a região da tragédia e fez apelos para que os americanos ajudem as vítimas.

O candidato já esteve nos estados de Mississipi e Ohio, onde visitou centros de apoio às vitimas. Ontem, em Toledo (Ohio), cumprimentou voluntários que empacotavam suprimentos a serem enviados para as regiões atingidas. Posou para fotos e soltou várias frase de efeito, sempre tentando vender a imagem de líder e estadista.

"Isto (o trabalho voluntário) sintetiza os milhões de americanos que estão servindo causas maiores do que os seus próprios interesses e estão colocando o seu país em primeiro lugar.’’ Usou o mesmo lema de sua convenção, em St. Paul, "Country First’’ (em português, "o país em primeiro lugar’’).

A frase está espalhada em cartazes por todo o Ginásio Excel Energy Center, onde ocorre o encontro. Ao usar esse mote para ocupar a mídia falando do furacão Gustav, McCain tenta compensar a suspensão dos discursos políticos e a repercussão de uma outra notícia com potencial negativo para uma parte conservadora do eleitorado: a de que uma filha adolescente de sua candidata a vice, Sarah Palin, está grávida.

Tema único

A convenção republicana ontem foi quase monotemática, sempre tratando de enviar sinais de que o partido está pensando nas vítimas do furacão Gustav e em como ajudá-las. Logo na abertura oficial, o presidente da sigla, Robert "Mike’’ Duncan, fez um apelo a todos os cerca de 2 mil delegados presentes. Pediu que acionassem os seus celulares e doassem US$ 5 à Cruz Vermelha.

Imediatamente, a imensa maioria dos presentes passou a digitar um código de uma mensagem de texto para enviar a doação. A primeira-dama, Laura Bush, e a mulher de McCain, Cindy McCain, tomariam a palavra no fim do dia para novos apelos por solidariedade.

Filha grávida

Além do furacão, a notícia que ofuscou a convenção republicana ontem foi a gravidez da filha da vice de McCain. Escolhida para a chapa republicana muito por causa de suas credenciais conservadoras, Palin revelou ontem que sua filha Bristol, de 17 anos, está grávida, e suscitou dúvidas de como o eleitorado que ela visa atrair, em especial a direita cristã, reagirá à notícia.

Irá esse público criticar a família Palin por deixar acontecer sexo antes do casamento, ao contrário do que pregam o presidente George W. Bush e grande parte do partido? Ou elogiá-la, por levar adiante uma gravidez não planejada e ainda anunciar que a adolescente subirá ao altar?

Nos corredores da sede da Convenção Republicana, os fiéis delegados do partido se diziam defensores da segunda opção. "Sarah é muito conservadora e mostrou novamente que é uma mulher forte, de valores, que não permite a covardia do aborto e que orientou sua filha a se casar. O que a garota fez foi um erro, mas o papel da mãe é dar apoio’’, declarou Barbara Thorburn, do Texas.

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