• Carregando...

Mediadores palestinos apresentaram na quarta-feira ao Exército libanês um plano para acabar com um mês de combates contra militantes simpáticos à Al Qaeda em um campo de refugiados palestinos do norte do Líbano.

O plano foi preparado depois que os mediadores - um grupo de clérigos muçulmanos - se reuniram com militantes da Fatah Al Islam entrincheirados no campo de Nahr Al Bared, numa tentativa de conter a pior onda de violência interna no Líbano desde o fim da guerra civil (1975-90).

"Esperamos que a resposta seja positiva e rápida", disse o xeique Mohammed Al Haj, um dos mediadores, à Reuters depois de se reunir com o chefe da inteligência militar.

Ele não quis divulgar as propostas, mas uma fonte política palestina afirmou na terça-feira que plano incluía a dissolução da Fatah Al Islam e o envio de uma força de segurança formada pelas principais facções palestinas.

Os combates mataram pelo menos 163 pessoas desde 20 de maio, sendo 74 soldados e pelo menos 57 militantes e 32 civis.

O governo exige a rendição da Fatah Al Islam, que acusa de começar o conflito ao fazer ataques não-provocados contra posições do Exército há um mês. A Fatah Al Islam sempre disse agir em defesa própria.

O ruído das metralhadoras podia ser ouvido no campo durante confrontos intermitentes na quarta-feira. O Exército alvejou posições dos militantes, segundo testemunhas.

O Exército vem lentamente ocupando uma área antes controlada pelos militantes, mas sem ultrapassar os limites oficiais do campo. Por um acordo de 1969, as forças do governo são proibidas de entrarem nos 12 campos de refugiados palestinos no Líbano.

A maioria dos 40 mil moradores do campo fugiu no começo do conflito, a maioria para o vizinho campo de Beddawi.

A UNRWA, agência da ONU que cuida dos refugiados palestinos, disse que minas e armadilhas explosivas dentro do campo precisam ser retiradas depois dos combates, antes que a população retorne.

"Não queremos as pessoas correndo de volta, porque estamos com medo de que estejam em perigo. Temos de verificar os prédios para ver se estão estruturalmente seguros", disse uma porta-voz da agência.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]