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O médico pró-aborto George Tiller foi morto a tiros na manhã de ontem ao entrar na igreja luterana que frequentava em Wichita, no estado do Kansas. De acordo com informações do jornal The New York Times, as autoridades locais mantêm a custódia de um suspeito do crime.

Muito criticado pelos movimentos contra o aborto, Tiller, de 67 anos, já havia sido vítima de atentados anteriores. O FBI foi mobilizado para tentar encontrar o assassino – um homem branco visto por várias testemunhas que participavam do culto e que fugiu num carro cujo número da placa foi anotado.

Tiller era um dos poucos médicos nos Estados Unidos que praticavam os chamados abortos em gravidez adiantada (após 20 semanas de gestação, quando o feto já teria condições de sobreviver fora do útero) sendo alvo de grupos pró-vida.

Em 1986, sua clínica havia sofrido danos graves causados por uma bomba. Em 1993, ele próprio foi ferido a bala nos braços por um agressor que foi detido e condenado a 11 anos de prisão. Perseguido pela justiça por ter praticado 19 abortos ilegais em 2003, o médico foi absolvido das acusações em março passado.

O assassinato de Tiller teve repercussão nacional. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, lamentou a morte do médico em declaração distribuída pela Casa Branca ontem: "Sinto-me ultrajado e agredido pelo assassinado do dr. George Tiller. (...) Nem as mais profundas diferenças entre os americanos por assuntos como o aborto podem ser resolvidas por atos repugnantes de violência".

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