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Simpatizantes de Chávez vendem camisetas com imagem do presidente, em Caracas | Jorge Silva/Reuters
Simpatizantes de Chávez vendem camisetas com imagem do presidente, em Caracas| Foto: Jorge Silva/Reuters

EUA

Declarações de Obama causa indignação ao governo venezuelano

O governo da Venezuela se disse ‘indignado" ontem com as declarações do presidente dos EUA, Barack Obama, sobre as "políticas autoritárias" do presidente Hugo Chávez. A Venezuela "rejeita da maneira mais firme as declarações do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama", disse o ministro da Comunicação, Ernesto Villegas.

"Com suas declarações infames neste momento tão delicado para a Venezuela, o presidente dos EUA assume a responsabilidade de conduzir as relações bilaterais para uma maior deterioração", acrescentou Villegas.

"Não especularei sobre qual é sua condição médica [de Chávez], mas nossa política é constantemente desenhada para garantir que escutemos as vozes de venezuelanos comuns", afirmou Obama em entrevista.

O câncer do presidente Hugo Chávez é provavelmente terminal, tendo em vista as recidivas da doença, afirmam especialistas em câncer que não estão envolvidos no tratamento do líder venezuelano.

A operação mais recente sugere que as probabilidades de sobrevivência do presidente estão reduzindo, dizem os médicos.

"Qualquer procedimento adicional é paliativo e tem como objetivo impedir que os sintomas piorem e não tem a cura como alvo neste estágio", disse Michael Pishvaian, oncologista do Centro Oncológico Lombardi, da Universidade de Georgetown.

A recuperação da última cirurgia é potencialmente perigosa, declarou Thierry Jahan, oncologista da Universidade da Califórnia, em São Francisco. O uso excessivo de anti-inflamatórios esteroides durante o tratamento pode provocar enfraquecimento muscular.

Apesar das previsões negativas, alguns médicos dizem que o câncer é um jogo de probabilidades e que Chávez pode se recuperar totalmente. "A única coisa que sabemos é que não somos bons com previsões", declarou J. Randolph Hecht, diretor de oncologia gastrointestinal da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

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