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Houston, EUA – O presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, minimizou os atos públicos promovidos na Bolívia e na Venezuela em comemoração à nacionalização das reservas de petróleo e gás em cada país. Especificamente no caso da Bolívia, Gabrielli foi enfático: "Não há surpresa nenhuma. Nada mudou em relação ao que foi acordado no contrato assinado entre a Petrobrás e a YPFB", disse durante a abertura do Offshore Tecnology Conference, que acontece esta semana em Houston, nos EUA.

O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, que também participou do evento, endossou: "As comemorações na Bolívia são referentes à aprovação dos contratos pelo Congresso boliviano; são um ato simbólico que não altera em nada o que foi negociado."

Pelo contrato firmado com a Bolívia em 24 de outubro do ano passado, as empresas que operam no país pagam 50% de taxas (royalties, impostos e participações especiais sobre a produção de petróleo) e compartilham o lucro sobre a produção com a estatal boliviana, a YPFB, excluindo os custos fixos de produção. Pelo contrato coube à Petrobras uma fatia em torno de 20% da produção de cada campo de petróleo e gás, em vez de apenas 5% com os quais ficaria na versão inicial da lei de nacionalização de 1º de maio de 2006. "Reafirmo o que estamos repetindo desde outubro: o contrato traz rentabilidade à Petrobrás", frisou Gabrielli.

Na Venezuela, a Petrobrás não deve ser afetada pelo anuncio de nacionalização porque foi a primeira petrolífera internacional a fazer um acordo com o governo de Hugo Chávez. O acordo foi fechado ainda no ano passado e prevê repassar para a estatal venezuelana PDVSA o controle dos ativos que a Petrobrás tem na Venezuela.

De acordo com a assessoria de imprensa da empresa brasileira, antes do acerto com o governo venezuelano a Petrobras produzia 42 mil barris de petróleo por dia no país – hoje, extrai cerca de 15 mil barris. A estatal brasileira não foi compensada em dinheiro, mas com participação em outros projetos de exploração de hidrocarbonetos na Venezuela.

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