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A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, prometeu nesta quinta-feira que protegerá os muçulmanos que vivem no país, garantirá sua liberdade de culto e perseguirá quem os atacar, ao mesmo tempo em que rejeitou qualquer tipo de "exclusão ou suspeita generalizada" sobre essa comunidade.

Em um pronunciamento extraordinário no Bundestag (Câmara Baixa) após os atentados jihadistas de Paris, Merkel pediu à sociedade para "não se deixar dividir" e condenou os ataques tanto contra judeus, como contra muçulmanos.

"A discriminação e a exclusão não devem ter cabimento em nossa sociedade", destacou ao plenário sem citar de forma expressa ao movimento Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente (Pegida), que cada segunda-feira lidera grandes manifestações de tom xenófobo na cidade de Dresden (leste).

Após ressaltar a necessidade de que os muçulmanos tomem distância daqueles que cometem atos terroristas em nome do Islã, deixou claro que a imensa maioria dos residentes na Alemanha são cidadãos que respeitam a lei, a Constituição e os valores europeus.

Merkel se defendeu das críticas que recebeu, inclusive em seu próprio partido, por dizer na segunda-feira passada que "o Islã faz parte da Alemanha", uma frase que já tinha pronunciado o presidente alemão em 2010 e à qual recorreu para condenar o terrorismo e a xenofobia em entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro turco.

A chanceler recuperou suas palavras textuais da segunda-feira e lembrou que essa frase estava precedida da constatação das raízes judeu-cristãs da Alemanha.

Neste contexto, destacou que "o Judaísmo é parte da cultura e da identidade" alemã e assegurou que lutar contra o antissemitismo é e será "um dever do Estado e dos cidadãos".

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