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A chanceler alemã, Angela Merkel, se encontrou neste domingo com o Dalai Lama, apesar da oposição de Pequim e de preocupações da indústria alemã de que a conversa possa prejudicar os laços comerciais com a China.

Merkel se reuniu com o exilado líder espiritual do Tibete na sede do governo, em Berlim, para "conversas privadas e informais", segundo o porta-voz de Merkel. O encontrou aconteceu apesar de a China ter convocado o embaixador alemão em Pequim no começo do mês para protestar.

"A chanceler reconheceu o Dalai Lama como um líder religioso e assegurou apoio a seus esforços para garantir a identidade cultural do Tibete, e por sua política de não violência na busca pela autonomia religiosa e cultural", disse seu porta-voz.

A Alemanha confirmou sua adesão à política de uma única China antes do encontro, disse o porta-voz. A líder alemã fez uma visita oficial à China no mês passado.

Críticos do controle da China no Tibete dizem que Pequim continua a reprimir as aspirações religiosas dos budistas tibetanos, especialmente sua veneração ao Dalai Lama, que a China considera um "separatista". O líder espiritual afirma que deseja apenas maior autonomia para a região.

Na véspera do encontro em Berlim, a Alemanha disse que a China tinha cancelado, por "razões técnicas", conversas em separado com autoridades alemãs, incluindo a ministra da Justiça, Brigitte Zypries. As conversas deveriam acontecer em Munique no domingo.

Na semana passada, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse que o Dalai Lama é "um exilado político envolvido em atividades que têm por objetivo dividir a pátria".

O Dalai Lama fugiu do Tibete para a Índia em 1959 depois de uma revolta fracassada contra o regime chinês. Ele permanece muito popular entre os tibetanos.

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