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Sede do Banco Central da Argentina: devido à valorização dos metais e à inflação, quantia de níquel e cobre nas moedas de dois pesos fabricadas até 2018 já vale nove vezes mais que o valor de face
Sede do Banco Central da Argentina: devido à valorização dos metais e à inflação, quantia de níquel e cobre nas moedas de dois pesos fabricadas até 2018 já vale nove vezes mais que o valor de face| Foto: EFE/Juan Ignacio Roncoroni

Um vídeo que viralizou na Argentina chamou a atenção para algo que boa parte da população já sabe há algum tempo: os metais em uma moeda de dois pesos valem mais do que o próprio valor de face da moeda.

O vídeo mostra uma pessoa separando os metais de uma moeda de dois pesos argentinos fabricada antes de 2018, que possui cerca de 1,2g de níquel e 5,5g de cobre. “Vale mais pelo metal do que pelo que vale a moeda”, justifica o autor do vídeo. “Quem sabe, sabe”, acrescenta.

Apenas a quantia de cobre no anel externo representaria 12 pesos argentinos – seis vezes o valor de face da moeda, portanto. Juntando a quantia de níquel na moeda, os metais nela podem representar até nove vezes mais do que seu valor de face.

Essa diferença decorre de dois fatores: a valorização dos dois metais a partir do fim da pandemia de Covid-19 e da guerra na Ucrânia e a inflação descontrolada na Argentina, que chegou em abril a 108,8% no indicador interanual.

Anúncios nas redes sociais oferecendo a compra de moedas de níquel e cobre por quilo se tornaram comuns, segundo a imprensa argentina.

Depois de 2018, as moedas argentinas passaram a ser feitas de aço, mas no ano passado, o Banco Central parou de cunhar moedas porque o custo era muito superior ao valor que representavam em dinheiro.

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