Os preços ao consumidor na Argentina aumentaram 108,8% em abril em relação ao mesmo mês no ano passado, 4,5 pontos percentuais a mais do que na medição interanual da inflação feita em março, informou o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) nesta sexta-feira (12).
Considerando apenas o próprio abril sobre o mês anterior, os preços subiram 8,4%, o que representa uma aceleração em relação à taxa de 7,7% de março. O percentual também ficou acima da previsão do mercado (7,5%) na última pesquisa feita pelo Banco Central argentino.
Entre os maiores aumentos registrados em abril pelo Indec estão vestuário e calçados (10,8% mensal e 120,7% interanual), devido à mudança de estação, seguido por alimentos e bebidas não alcoólicas (10,1% mensal e 115% interanual), que teve a maior incidência em todas as regiões, devido ao aumento de carnes, vegetais, laticínios e ovos.
Os aumentos também predominaram nas categorias restaurantes e hotéis (9,9% mensal e 126,6% interanual) e equipamentos domésticos e manutenção (8,6% mensal e 111,3% interanual), enquanto educação (5% mensal e 98,5% interanual) e bebidas alcoólicas e tabaco (3,8% mensal e 114,3% interanual) tiveram as menores variações sobre março.
Em todo o ano de 2022, os preços ao consumidor acumularam um aumento de 94,8%, com uma notável aceleração em relação aos 50,9% registrados em 2021.
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