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Nomes de jovens desaparecidos foram lidos um a um | Edgard Garrido/Reuters
Nomes de jovens desaparecidos foram lidos um a um| Foto: Edgard Garrido/Reuters

43 alunos da Escola Normal Rural de Ayotzinapa desapareceram no dia 26 de setembro, após serem detidos enquanto participavam de uma manifestação. A Promotoria Geral do México informou que eles foram assassinados por membros de um cartel, mas parentes dos estudantes exigem provas.

Cerca de 20 manifestantes encapuzados derrubaram na noite de sábado as cercas de segurança dos arredores do Palácio Nacional, sede do Governo do México, e atearam fogo à porta principal do histórico edifício.

Os distúrbios foram registrados ao final de uma grande manifestação desde as instalações da Procuradoria Geral da República (PGR) até o Zócalo (praça central) da capital mexicana para exigir que apareçam com vida os 43 estudantes desaparecidos no dia 26 de setembro.

No final do percurso, milhares de manifestantes se estenderam no chão da grande praça central da capital mexicana e foram lidos um por um os nomes de jovens desaparecidos pelas mãos de policiais e criminosos em Iguala, no estado de Guerrero, sul do país.

Depois que os organizadores convidaram todos a se retirar, um grupo se dirigiu ao Palácio Nacional, arrancou as cercas de segurança e tentou derrubar a porta principal com as estruturas metálicas. Em seguida, lançaram todo tipo de objetos, incluindo bombas caseiras. Um grupo antidistúrbios da Polícia Federal e agentes do Estado-Maior Presidencial responderam a estas ações e dispersaram os encapuzados.

Justiça

Durante a manifestação, milhares de pessoas exigiram a volta com vida dos desaparecidos, castigo aos culpados, e apoio para as famílias dos estudantes e para os centros de ensino de magistério frequentados por jovens de poucos recursos.

Os manifestantes também guardaram um minuto de silêncio pelos 43 alunos da Escola Normal Rural de Ayotzinapa, um dia depois que a Promotoria informou que eles foram assassinados e queimados, até que só restassem cinzas, por membros do cartel Guerreros Unidos, segundo o testemunho de três dos 74 detidos neste caso. Parentes dos estudantes rejeitaram a versão da procuradoria e disseram que não aceitarão a morte de seus filhos até que haja provas contundentes.

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