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O procurador-geral do México, Jesús Murillo, anunciou na segunda-feira (27) a detenção de quatro supostos membros do cartel Guerreros Unidos que confessaram ter participado do sequestro de 43 estudantes que desapareceram na cidade de Iguala, no Estado de Guerrero.

"São as primeiras detenções de pessoas que confessaram ter participado no desaparecimento e destino deste amplo grupo de pessoas", afirmou Murillo.

Os detidos identificaram a cena do crime, e a procuradoria procura por evidências no local para corroborar os depoimentos.

O paradeiro dos estudantes segue desconhecido e, por isso, as buscas continuam.

O procurador comentou que dois dos detidos confessaram que "receberam um amplo grupo de pessoas".

Os outros dois confessaram ter participado como capangas do grupo criminoso na noite do desaparecimento. As declarações coincidem com o depoimento da outra dupla detida.

Os quatro detidos estão prestando seus depoimentos na Subprocuradoria Especializada em Investigação sobre Crime Organizado. Os nomes dos suspeitos não foram revelados.

O procurador-geral disse que o prefeito de Iguala e sua mulher -que planeja suceder o marido no cargo- são os prováveis mandantes do crime.

Antropólogos forenses ainda estão verificando os restos mortais de dezenas de cadáveres encontrados em uma vala comum fora de Iguala, mas até agora os corpos analisados não são dos estudantes.

Os novos detidos se somam aos 52 detidos previamente em relação com o caso, entre policiais e funcionários dos municípios de Iguala e Cocula, assim como integrantes dos Guerrero Unidos, entre eles seu próprio líder.

Os estudantes desapareceram no dia 26 de setembro em uma operação de policiais de Iguala e do município vizinho de Cocula, após um ataque a tiros que deixou seis mortos e 25 feridos.

O desaparecimento provocou protestos da Cidade do México à Acapulco, exigindo do presidente Enrique Peña Nieto a restauração da ordem no México e o controle da violência de gangues.

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