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A violência associada ao narcotráfico está tirando cerca de 1,2 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) mexicano, disse na quarta-feira o ministro de Finanças do país, Ernesto Cordero.

"Ela tem um impacto para o governo e para as empresas", afirmou em entrevista coletiva. "Deve ter um impacto em termos de custos adicionais para as empresas, e por isso é tão importante combater o crime organizado no México de maneira mais efetiva e rápida."

A violência entre quadrilhas rivais de traficantes, e destas contra as forças de segurança, disparou desde que o presidente Felipe Calderón tomou posse, no fim de 2006, e mobilizou as Forças Armadas para combater os cartéis da droga.

Pelo menos 28 mil pessoas já morreram desde então, e em 2010 o número de crimes disparou. Vários prefeitos e um candidato a governador já foram assassinados, e na semana passada as autoridades encontraram os corpos de 72 imigrantes vítimas de uma chacina.

Essa situação vem preocupando investidores estrangeiros, turistas e o governo dos Estados Unidos, num momento em que o México tenta se recuperar da sua pior recessão em várias décadas.

"O crime organizado no México tem um impacto sobre a taxa de crescimento do produto interno bruto de quase 1,2 ponto percentual do PIB", disse Cordero.

O ministro reiterou que a economia mexicana deve crescer de 4 a 5 por cento neste ano, o que seria insuficiente para compensar a contração de 6,5 por cento em 2009.

Alguns analistas dizem que a violência associada ao tráfico pode levar investidores a suspenderem projetos e talvez afete também a moeda local.

No começo de 2009, o hoje presidente do Banco Central, Agustin Carstens, então ministro das Finanças, disse que a economia mexicana poderia crescer 1 ponto percentual a mais se o país conseguisse resolver seus problemas de segurança.

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