Milei diz que não vai se reunir com Lula, caso seja eleito

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O candidato à presidência da Argentina Javier Milei, adversário do peronista Sergio Massa no segundo turno eleitoral, afirmou nesta semana que, caso for eleito, não vai se reunir com Lula, considerado por ele um "comunista corrupto".

O libertário concedeu uma entrevista ao jornalista peruano Jaime Bayly, em Buenos Aires, ocasião na qual fez críticas ao presidente brasileiro e outros governos de esquerda da América Latina como a Venezuela, Cuba e Nicarágua.

Apesar de rejeitar parcerias diretas com o chefe de Estado do Brasil, o economista enfatizou que os cidadãos argentinos terão "total liberdade" para realizar transações comerciais com qualquer nação.

Milei também condenou as ditaduras do Irã e da Coreia do Norte, países com quem afirmou que não terá relações. "Se for eleito, desejo retirar todos os embaixadores argentinos destes países. Os autocratas como Vladimir Putin, na Rússia, também entram nesta lista", disse o candidato, que já se manifestou aliado da Ucrânia e de Israel.

O candidato disse que, se chegar à chefia da Casa Rosada, terá como aliados os Estados Unidos, Israel e “o mundo livre”.

PT oficializa apoio a Sergio Massa

No último domingo (5), o Partido dos Trabalhadores (PT) oficializou o apoio à candidatura de Sergio Massa à presidência da Argentina, por meio de um comunicado publicado no site da legenda.

Na nota, o partido de Lula afirma que o modelo de Milei já é conhecido dos brasileiros, como uma “alternativa de extrema-direita", que também governou o Brasil no período anterior. "Conhecemos toda a dor e o sofrimento que o descaso com a vida do povo significou para nosso país”, diz o comunicado.

Massa e Milei se enfrentam no 2º turno das eleições presidenciais em 19 de novembro. O peronista ficou à frente no 1º turno de 22 de outubro, com 36,68% dos votos, contra 29,98% do libertário.